www4.fsane*.com.br/revista
Revista Saúde e* Foco, Teres*na, v. 7, n. 2, art. 1, p. 03-24, mai./*g*. 2**0
ISSN Eletrônico: *3*8-7*46
http://dx.doi.or*/10.12819/r*f.2020.*.2.1
Autocuidado em Indivíduos Diabéticos: * Pé Diab*tico
Self-Care in Diabetic Indiv*d*als: Diabe*ic *oot
Gi**onica Nascime**o Libarino
G*aduação em E*ferm*g*m pela Uni*tc
monicalib**ino@h*tmail.com
*dit*r-Chef*: D*. Tonny K*rley de Alencar
Ende*eç*: Gilmonica Nasc***nto Libar*no
Rodrigues
R. U*aldino Fi*ueira, 200 - Re*reio, Vitória da
C*nq*ista - BA, 45020-51*, Brasil.
Ar*ig* recebid* *m 12/12/2*19. *ltima versã*
r**ebida em *2/01/2020. Aprovad* e* 03/01/2020.
*valiado pel* sistema Triple Re*iew: *esk Review a)
p*lo E*it*r-Che*e; e b) Doubl* Bl*n* Review
(av*lia*ão cega por doi* avaliadores da área).
Revisão: Gr*matical, Normat*v* e *e *or*ataç*o
G. N. **barino
4
RESUMO
O *i*bete* Mellitus (D*) é uma doe**a *etabólica determinada *ela el*v*ção da gli**s*
san*uínea (hi*erglicemi*) * é classi*icada b*sicament* em do*s tipos: 1 e *. Mais de 8,*% da
pop*lação do p**s
é portad*ra dessa
doenç* crô*i*a, que
está relaciona*a
* outras
*nfermi**des, co*o doenças cardiovasc*lares * *erebrovasculares,
cegue*ra, insuf*ciência
renal, entre outr*s. Além *a* doenças m*ncionada*, com*l*caç*es crônicas p*dem afetar
o
indivídu* diabétic*, den*r* essas, *erimentos ocasiona*s a úlcera d* pé, *
*u pé dia*ético.
*endo a*s*m, est* trabalho teve com* obj*tivo geral veri*icar como é o auto*u**ad* de
indiví*uos diabéti*os c*m relação a f*rimentos, e *specíficos: descrever o perf*l
s*ci*demográfico e nível de instr*ção do* pac*entes; investigar a rotina *iária de au*ocu*dado
com f*rimentos; investigar a perioc*dade de re**ização de curativos. Trata-se d* u* *st*do
descr**ivo *
ex*l**atório, te* natur*za
quant*tativa e é de *a*áter tr*nsversal. A coleta de
dado* f*i *ealizada
co* pacientes
cada*t**d*s ** Unidade Bási*a de Saúde, em
um
mun*cí*io do *nterior *a Bahia, po* meio de *mostragem não probabilística por con**niência.
Observ*-se, de maneira geral, que o a*t*cuidado *esses pac*e*t*s é insatisfatório e que
o
fato* baixa es*o*aridade pode ser um a*ravant*
p*ra o descumprimento das o*ien*ações
da
en*er*agem. É muit* relevante *ue a equ*p* de **fer*a*e* *labore *çõe*
e**cat*vas *o
*ogo d* ano, e *ão apenas p*n**ais, sen*o essa* focada* *o *utocuidad* com o diabetes.
Palavras-c*ave: Diabetes. Autocuidado. Ferimen*o.
ABSTRACT
Diabetes Mellit*s (DM) is a metabolic disease determ*ned by *he elevation of blood *lucose
(hy*erg*ycemi*) a*d is b*sically classified in**
two *ypes: 1
and 2. *ore
than 8.9%
of * he
country's population has this chron** disease
that is re*ated to other
diseas*s, such *s
cardiovascular *nd cerebrovascular diseases, *lindne*s, re*al failure,
among other*. In
addi*ion to the a*orementio*ed di*ease*, chron*c complications that
c*n
affect the diabet*c
i*dividual
amo*g these
occasional i*juries and t*e
diabetic foo* or foot ulcer. T*us, the
general obje**ive is to veri*y the self-car* of diabetic individu*l* with r*g*rd to injuries. And
spe*ific: desc*ibe the sociodemo*rap*i* *rofile and
educ*tiona* level
of t*e patie*ts;
investigate the dai*y r*u*ine *f self-car* with injuries; in*es*igat* the periodi*it* of dr*ssing.
Th*s i* a descriptive a** explora**ry study, has a q*a*titative n*tur* an* *s cross-sectiona*.
D*ta collection was
perfor*ed with pati*nts register*d at a Bas*c Health Un*t, i*
a
mu*icipa*ity in the int*rior o* Bahia, through non-p*obab*li*tic *onvenience *amplin*. It is
*o*cluded that, *e*er*l, *he se*f-care in
o* these pat*ents is *nsatisfa*tory and that the low
ed*cational
l*vel fact*r can be an aggravating **ctor for non-*omplian*e with nursing
guidelines. It is very *elevant th*t the
n**si*g staff develo*
educat***al
act*ons thro*ghout
the year, and *ot ju*t *unctua*, f*cu*ing *n sel*-c*re with diabetes.
Keywords: Diabe*es. Self Care. In**ry.
Revista Saúde *m Foco, Teres*na, v. *, n. 2, art. *, *. 0*-24, mai./ago.2*20www4.fs*net.com.br/revis*a
A*tocuidado em Indivíduos D*abé*icos: O P* Diabético
5
* INTRODUÇÃ*
*tualme*te, o Diab*tes Me*litus (DM) é discutido como uma ep*demia ** todo o
mundo, *ornan*o-** *s*i* um gr*n*e desa*io para a ciê*cia *éd**a e farmacê*tica. O modo
como a sociedade viv* te* si*o o grande responsável pelo a*astramento *essa enfermidade
(UFR*S, *01*). Fat*res como au*en*o
na
*x**ctativa de vid*, c*escimento e urbaniz*ção
das cidades, alia*os *o *odo de v*da s*dentário * *ou*o *audável, al*m*ntação inadequad* e,
co*****enteme*te, obesidade são a port* de entrada para o diabetes. Segundo est**ativas da
O**a*ização *undial d* Sa*de, o
*ú**ro de p*r*adores ** doença no B*asil já soma
16
milhõe* (BRASIL, 201**; UF*G*, 201*).
Segundo o Ministé*io da Saúd* (BRAS*L, 2017), o índi** de brasilei*os com diabe*es
cresceu
*1,8% e* 10 *n*s, c*egando a 8,9% da po**l*ção do país. O
ór*ã* *nforma *inda
*ue o *edenta*ismo * * o*esidade po**m cola**rar para o aumento cr*scente *e p*ssoas com
*iabetes, mostra*do também q*e os adultos *u*ar*m se*s hábito* alim*ntares, que ap**a* *m
entre *rês adultos conso*e frut*s e h*rtaliças r*gular*e*te, **iden*iando a transição que *ouv*
no país, que ant*s *e pr*ocup**a com a desn*triçã* * hoje ** preocup* p*r s*r *m dos países
com núme*os expressivos e**r* os ob*so* (BRA*IL, *016a).
De acor*o c*m O*iveir*, Mon***egro Jun*or e Vencio (*017), *rganizadores das
Diretrizes da Sociedade Bra*ilei*a de Diabetes 2017-2018, o diab*tes está vinculado co* uma
maior procura pel*s serviç*s de saúde, pois a do*nç* *stá rel*c*onada * outras *nfermid*de*,
c*m* doen*as cardi*vas*u*ares * cerebrovascula*es, cegueira, in*ufic**ncia **n*l, en**eoutra*,
d* modo qu* a sobrecarga no s*st*ma d* sa*de pr*oc*pante. Segundo é
os autores,
os
res*lta**s *ositivos no con*r*le do diab**es dependem da aç*o conjunta d*s órgãos públic** e
da soc*ed*d* civi*.
Além da* do*n*as menc*onadas, há complic*ções cr**icas qu* *odem *fetar
o
ind*v*duo diab*tico, dentr* esses, fer*me*tos ocasi*nais e a ú*cera *e *é, *u pé diab*tico. Esse
p*oble*a é considerado grave e pode af*tar o pacien*e n*o so*ent* em sua saú*e, mas
t*mbém *fetar sua estética, aspectos psico*ó*icos, qualida*e de vida e evolui* para
a
**cess*dade de uma ciru*gia *e ampu**ção, quando se agra*a ao *xtremo **se feriment*
(SMANIOTO; H*DDAD; ROSSANEI*, 2*14).
Quando ac*met*d* *e ferida*, ou do pé diabético, *sse indiví*uo te* a n*ces*idade de
rece*er
d* *qui*e da unidade de s*úde que * acom*anha
f*r**mentas e conhecimentos
necessários para r*alizar um *utocuid*do ef*ciente, al*m *e co*preender *omo dev* se*
o
man**o co* a doença (QUE*ROZ e* al., **17).
Rev*s*a Saúde em *oc*, Teresina, v. 7, n. 2, art. 1, p. 03-24, mai./ago.2020 www4.fsa**t.*om.br/revi*t*
G. N. Li*arino
6
Diante do ex*osto, questio*a-se: c*m* é o a**o*uidado de indiv**uo* diabétic** c*m
r*l*ção aos f*rim*n*os n* pé? Pa*a respon*er a ta* pergunta, esta pesqui*a teve como obj*tivo
ger*l verificar c*mo é o auto*uidado d* indiví**os diabéticos c*m re*ação aos fe*imentos no
pé. E co*o objetivos *specí**cos: descrever o perfil sociodemográfico e nível de ins**ução *os
p*cie*tes, investigar a rotina diár*a
de au*ocuidado com ferimentos no pé e demo*str*r
a
*eri*dic*dade de r*alização de cura**vos.
N***e conte*to, as ações de**nv*lvidas pelo *rofissiona* enfermeiro par* prevenção do
pé *iabético e *eus e*eitos na adesã* dos
pacie*tes *o autocuida*o com
os pés *orna esse
estud* de concl*são *e curso importante, t*nto no c*nh**im*nto prá*ic*
quanto cient*fic*,
para auxiliar na ed**ação do indivíduo.
2 R*FE*ENCIAL TEÓRICO
2.1 Diabe*es Mel*itus
O Di*be*es Mellitus (DM) * um* doença metabólica marcada pela *levaç*o da *l*cose
**nguín*a (*ip*rglicemia). A**almente, o Diabetes Me*li*us é classificado bas*c*mente nos
tipos 1 e 2, al** d* t*po gestac**nal, de *efeitos genét*co* (disfunç*es celular*s e do*nças do
pâncreas), do induzido por medicamentos ou agent*s q*ímic*s e de i*f*cções (OL*VE*RA;
MONTENEGRO JUN*OR; VENC**, 2017). O Diabetes M*l*itus t*po 2, foco do pr*sente
estu*o, segu*do Souza *t
al. (2016, p. 274), é "car*cte*i*ad* por hipergl*c*mia crôn*ca,
resistência insul*nica e deficiência rela*iv* na s*cr*ção de insu*ina e é res*onsá*el por 90% dos
casos de d*abe*es".
O Ministério da S*úd* (MS) inform* qu*
o sedentarismo e
a obesida*e pode*
colaborar para o aumento crescent* de pessoas com *i*be*es, mostrando tam*ém *ue os adul*os
*udaram seus
há*itos **i**ntares, que apenas um entre t*ês adultos cons*me frutas
e
hortaliças regular*en*e, eviden*iando a transição que houve no pa*s, que an*es s* preocu**va
c*m a desnu*r*ção e ho*e s* pre*cupa por se* um dos p*í*es *om n*meros expressiv*s entre os
obeso* (BRASIL, 2017).
As Diretrizes *a *oci*dade Br*sil*ira d* Diabete* (SBD,
2017) *e*elam que a DM
tornou-se um signifi*at*v* pro*lema de saúde pú*lica, visto qu* el* s* en*ont*a, at**lm*nte,
alast*ada *m todo o mundo, desde *aíses desenvolvidos a s**desenvol*idos. A prevalê*cia **
*oença es*á d*retamente relacio*ada à ma*eira como a *ápi*a ur*an*zação e *utro* fatores
sociais t*m influenciado a saú*e das pe*soas.
R*vista Saúde em Foco, Te*esina, v. 7, n. 2, art. 1, p. 03-24, mai./ago.*020www4.f*anet.com.br/revist*
Autocuidado *m In*iví*uos *iabéticos: * *é Diabético
7
O *stilo de vida das pessoa* poderá con**ibu*r para o d*sencadeam*nt* de um pr*cesso
d*abético, doença que t*m ocasionado tr*nstor*o* *ra*es e *orte* *e milhões de pess*as e*
*odo o mundo. O diabetes estimula a ocor*ência de
outras enf*rmidades, pr*ncipalmen*e as
doenças c*r*iovascul*res
g**ves. Se*e*taris*o, alimentação inadequa*a, *s****alme*te
as
ricas em gordu*as e car*oi*ratos, e o consequen*e sob*e*eso são relacionados ao s*rg*mento
do *ia**tes (*FRGS, 2016; SOUZA et al., 201*).
Fato*e* genéticos e
ambienta*s têm s*do, de*se modo, resp*n*ab**izad*s pe*o
desenvolvimento da doença e
sua pato*ênes*, bem como, no
cu*so
clí*ico da mesma, pe**s
c*mplicações qu* se desencadeia* com o
passar dos anos (SBD, 201*). Cont**o, como
informam as Diretrize* d* Soc*edade *rasileira
de Diabetes, e*bora a mor*idade seja
amplame**e divulgad* e estudada,
nem sempre a mortalidade é *ssociada ao DM, pois,
em
gera*, a causa mortis nas decla*ações de óbito são as co*plica*ões decorren*e* o* **rav*das,
*omo as do*nças cardiovasculares ou insuficiência renal (S*D, 2*17).
O DM onera em muito o s*rv*ço de saúde, pois, atreladas a
e**, doença*
***d*ovasc*l*res, *nsuficiênci*
*enal, cegu*ira e ou*ras maz*la* são desenvolv*das, o que
eleva a busca pe*os ser*iç*s públicos
de saú*e no Bras*l, *ator q*e, de
acordo a ten*ência,
acarretará ainda mais demanda* nas p*óxim*s déca*as. O *ratamento p*olongad* é
e
*aro
e
envolve "insuli*a, antidiabéticos orais e *utr** medicament*s es*enci*is" (*B*, 2*17, p. *5),
*ue, quando não *ão oferecido* *elo Si*tem* *nico
de Saúd*, também
ac*rretam gastos a*
pacien*e e à fa*ília.
As doenças cardiovasc*l**es (DCV) são *nferm*dades qu* afet*m * coração e os vasos
sanguíneo*, ou ***a, o sistema circulat*rio, atingindo princ*p*lmente a* artéri*s coro*á**as * as
artér*as cere*rais, sendo qu* a mai***a é caus*da por aterosclero*e, que é o a*úmulo de placas
*e gord*r* * cálcio no interi*r das a*t*rias, impedindo * boa cir*ulação sa*guínea para os
órg*os ou tecidos. Ocorrendo a at*rosclerose nas artérias co*onárias, pode so*revir u* Infart*
Agu*o do Miocárdio, * se oc*r*er nas ar*érias cerebrais, pode *r*ginar u* Acid*nt* Vascular
Cerebr*l (BOURBON et al., 2016).
* aumen*o cresce*te *essas doenças afeta di*etament* pess*a* com meno*
nível *e
in*trução e renda, por assi* e*ta*em com mai*r exp*sição *os fatores de riscos e com *en*r
acessibil*d*de às *nforma*õe* ref*rentes às doenças, d*ndo ênfase à desig*aldade social. *ssas
doenças tam*ém provocam in*a*acidades e sofr*mentos nas p*sso*s que as adq*irir**, em
custos financeiros ao* pacientes * famil**res, a*ém de impactar *inanceiramen*e no sistema de
saúde. Impactos ess*s também sentid*s na sociedade no governo, desde a redução e
da
p**dut**idade, com perdas de dia* de **abal*o, causando prejuízos
nos setores
Revista Saúde em Foco, Teresina, v. 7, n. *, ar*. 1, *. 03-2*, mai./ago.2020 ww*4.*sanet.com.*r/re*ista
G. N. Libarino
8
empregatícios, *té em efeitos adversos causad*s pela* d*e*ças no indi*íd*o e custos
previden*iários (MALT*; *ILVA JR).
A *r*venção ser*a o me** de maior impacto par* a *opulação de risco, e isso d*z re*peito
à atenção à saúde, por *eio d* ações e*ucativ*s eficazes,
por exemplo, em três níveis:
primária, quando o paciente rece*e o diagnóstico, sec*ndária, * fi* de pre*e**r "s*as
c*mplicações agudas e crônicas", ter*iári*, quando já é *ece*sá*i* reabilitar e diminuir e
as
co*pli*a*õe* do do**te (*BD, 2017, p. 16).
Se*undo **otocol* do Regul* SU* (UFRGS, *016), os principais sint*m** da doença
são os q*atr* "ps", a saber: p*liúria, polidipsia, polif*gi* e p*rda de peso. Estão prese*tes no
dia*etes tipo 1 * tipo 2, sendo que é mais comum que * de ti*o 2 sej* ass*ntomático e q** o
pacien*e se*a diagnostica*o em um estágio m*is
avançado d* doença. *ara
fins **
diagnóst*cos, em pacientes com *istó*ic* f*mili*r, c*m IMC > 24,9 kg/m2 e com
*utras
e**ermi*ades as**ciadas, como hip*rt*nsã*, di*lipi*emi* ou s*dentário*, a de*ecção
de
hiper*lic*mia é realizad* a p*dido médico.
O Di*betes Mel*itus tipo 2 é o *a*s prevalente e *hega a corresponde* a mais *e 90%
dos casos at*ndidos no sistema de **úde. Sua *opul**ão de risco *nclu* os a*ultos *om mais
de 4* ano*, emb*ra entre os jovens es*e *úme*o já **ja si*ni*ica*ivo em todo*
os p*íses d*
*undo. H*stórico fam*liar, s*dent*r**mo e obesidade sã* **tore* de
risco i**ortantes
p*ra
todas as faixas e*árias, *en*o * pré-dia*e**s uma gran*e preocup*ção médica (*BD, 2017).
Muitos são os problem*s rela*ionados a **sa doe*ça, *ue podem surgir no p*cien*e
log* no início do d*ag*óstico ou em longo *razo, como é o caso d** patologias que ati*gem
os ol*os, os r*ns ou os ne*vos periférico*, por exemplo. Alé* *essas, as ferid*s e o p* d**bét*c*
s** out*a gr***e preocupação da *quipe médica no cuidado **m esse paciente (*ARREIROS,
201*).
2.2 Pacien*es Diab*ticos: O Auto*uidado e o Tratamento dos *erimentos
De**re as complicações mai* severas do paciente diab*tic* *stão as *lceras e
a
amputação *as extremidades, oriund*s de uma patolog*a
as*ociada *enominada na li*e**tura
médica *omo pé diabético. Os fe*imentos nos pés representam uma porcentagem imp*r*ante
das intern*ções desses p**i*nt*s, cer** de 20%, sendo que a amput*çã* é o estágio mais
traumátic* (BRAS*L, 2016b).
Pé di*bético *, d*sse modo, um estado fisiopatol*gi*o multifacet*do, *d*ntificad* por
lesões qu* *corre* *o* pés do indiví*uo com diabetes que surge* e* dec*rrênc** e
de
Revista Saúde em Foco, Teres*na, v. *, n. 2, art. *, p. 03-2*, mai./ag*.*0*0www4.fsanet.com.br/revista
Autocuida*o *m Indivíd*os Dia*é*icos: O Pé *i*bético
9
n*uropatia, na *aioria do* episódio*, além
das enfermidade* vas****res peri*éricas e de
de*orm*da*es. Elas podem ser o res*ltado ** traumas que se complicam, che*ando ao estágio de
gangre** e infec*ão ocor**d*s *or falhas no p*ocesso
d* cicat*i*aç*o, *ue podem **r como
efeito a a*pu*ação (VAR*AS et al., 2017).
Mesmo depois de t*r
a d*ença c*ô*ic*
diagnosticada, r*c*rsos terap*uticos
e
muda**as espe*íficas n* **tilo de vida p*d** min**iza*
as complicações *o d*abetes. De
mo*o que o autocui*ado torna-se um ponto de par**da rele*a*te q*an*o o indivíduo começa,
por exem*lo, a praticar atividades que o be*e*iciem em c*rto e em lon*o prazo. Para ta*to, é
fundame**al que o pacient*
compreenda bem s*br* a
pat*logia, suas dificuldades
e
con*e*uências para sua
qualidade de vida. É, do *esmo m*do, fundamenta* q**
o
paciente
sej* ca*az
de
d**e*tar infec*ões ou tr*umas poten*iais em **u pr*p*io pé, tomando *s
pr*me*ras condutas em
rel**ão à
lesão, buscand* ajuda do serviço *e saúde e
dand*
prosse*ui*ento ao auto*uida*o em seu cotidian* (LI*A et al., 2017).
As orientações do *utocui*ado
do pé diabético iniciam-se com a prevenção *as
*er*das. O paciente deve realizar inspeção cuid*dosa e coti*iana de **us pés, verificando se há
qu*lq*er anomalia, me*m* os si*pl*s calos de*em ser c*nsiderados. A *i*ienizaçã* *eve s*r
adequada * os demais c*i*ados, c*mo
u*ar óleos ou hidra*antes, deve* ser conside*ado*
(BRASIL, 2016).
As alterações mais frequent*s no *é diabético são xerodermia (pele seca), calosi*ades e
alt*r*ções ung*e*is (traum*s com risco de *nfecção). Qu**do úlcer* j* está *nstalada, a
a
c*catrização é * objetiv* primário, de modo que, após
av*liação médica, o pa*ien*e d*ve
realizar a troca d* curati*o
d*ar*am*nte, em casa, e voltar à unidade *e *aú*e para
o
a*ompanhamento (BRASIL, 2*16b).
*s pé* d* paciente DM d*ve* ser aval*ados an**lmente n* A*enção Primá*ia deSaúde
(APS)
pelo
en**rmeiro
ou pr*fissional da á*ea pre*ara*o para tal, a fim de detectar *l*uma
in*ecç*o, ulceração e/o* des*ruição de tec*dos pr**und*s. ***undo * Pro*o*olo d* Manejo do
Pé Diabé*ico na *tenção Primária e Especializada de Saúde, de*e ser *ti*izada
uma ficha
*rópria * contro*ada,
*ar*
que, em seguida, sejam *omada*
as providências e condutas
necessária*, caso a caso (BRASIL, 2018).
No estad* da Ba**a, por exemplo, foi realizada uma *apacitação para tratar o pé
diabético com profissi*nais de 64 muni*ípios, *om o *bjet**o c*aro ** prevenç*o dos agra*os,
visto que, como mencionado, as internações hospitalare*
desses pacie**es on*ram muito
o
ser*iço público de saúde. As feridas e ú*ceras **ecedem as a*puta*ões, de **do qu*
o
Revista Saúde em F*co, Teresina, v. *, n. 2, art. 1, p. 03-24, mai./ago.2020 www4.***net.com.br/re**sta
G. N. Libarino
10
tratame*t* e a pre*enção ev*ta*iam as mais de 6 mil amput*ções ocorridas no estado entre 20*0
e 20181 .
A* ser e**minado, o pé do pa*iente recebe uma classificação, *ue vai de se* infecção,
infecção *eve, infecção mo*er**a sem sinais de *ravidade ou com sinai* de gra*idad* e grav*.
As características
das *e*ões vão de exsudato pu*ulento, celulite,
isquemia, até *ns*abilidade
m*tabóli*a, com febre, confusão *en**l e outros *in*is. A anamne*e e o ex*me físico fazem
parte de to*o * pr*tocol* de *tendimento, *eguidos de outros **oce*i*entos, como *xam*s
complemen*ares, como coleta de am*str* para cultura *u radi*g*afias (BRASIL, 2018).
O tr*tam*nto pode ser ou não farmacológ*co, li*pe*a e curat*vo oclusivo,
*ebridamento, o*fl*adi*g ou cirúrg*co, *u* depe*derá da avaliação rigorosa d* en*erm*iro o*
m*dico (BR*SIL, 2018).
A do* neuropát*ca pode s*r *ratada com **algésicos, com* o paracetamol, 500m*,
e
antidepr*ssi**s tricíclicos, com NNT de 4, *uando
as **res são ma*s *ra*es. Nas t*r*pia*
tópicas, o propó*ito maior é favorecer a cicatrização, e * tro*a do curativo pode ser d***ia o*
não, s*ndo que o enferm*i*o d*verá informar os detalhes dos cuidados para o *a*iente e família
(BRASIL, 2016). *ode ser útil, *esse *ome*to, a utilização "de gaze um*decid* com s*lução
sa*ina (so*o fisiológ*co - S* * 0,9%)" (BR*SIL, 201*, p. *6), n* e*tanto, *ssa e *utra*
abordagens dependerã* *a situ*ç*o da ferida av*liada pe*o enfermeir*.
A Sociedad* Brasileira de Diabetes me*ciona q*e ex*ste uma v*rieda*e d* manejo da*
feridas crônic*s e que os estudos ness* área *ontrib*em para que a les*o não seja aumentada e
evo*ua para **puta*ão d* membro ou parte d**e, mas reforçam que a prevenção é *inda
o
*e*hor caminho para que a úl**ra nem ocorra (*BD, 2015).
3 METODOLOGIA
A pesquisa tem caráte* descritiv* *
exploratório. *es**itivo, pois
propõ* uma
descrição
*a *op*la**o s*r ana*isa*a, se*do a
u ma
*e sua* *aracterí*t*ca* a utilização
d*
té*nic*s padronizad*s para coleta de dados, com* o uso de ques*ionár*os e/ou formu*á*ios.
1 SA*DE-BA. Notícias: Sec*e*aria da Saúde da Bahi* c*pacita *rofissio*ais de 64 m*nicí**os p*ra *rat*r **
diabético. 09/09/20*9 12:29. Disponível *m: http://www.sau*e.ba.gov.*r/2019/09/09/**cretaria-dsaude-da-
bahia-c*paci*a-pro*issio*ais-d*-64- municipios-para-*r*tar-pe-diabet**o/. Acesso em *ov. *e 2019.
Revist* Saú*e *m Fo**, Teres*na, v. 7, n. 2, art. 1, p. 03-24, mai./ago.2020ww*4.fsanet.com.b*/revis*a
*u*ocuidado em Ind*víd**s D*abéticos: O Pé Diabético
11
E expl*ratória, pois per*ite uma maior af**idade *om o problem*, o q*al pode
envolv*r lev*ntamen*o bibliográfico * an*lise de exempl*s que **cil*tam a com*reensão (G*L,
201*).
*m Re*ação à sua natur*za, classifica-** como
quant*tativa, visto que se fixa
na
obj*tivid*de * se pr*põe a descr*ver * fenômeno ap*esentado (GI*, 2010).
A presente pe*quisa fo* reali*ad* *m uma Unidade Bás*ca ** Saúd* de um municípi*
*o interior da *ahia, com uma populaçã*, em 201*, de 25.516 *essoas, de ac*rdo com
o
ú*timo Cens* (IBGE, 2010). A c*dade *os*ui um *otal de * est**ele*i*en*os cadast*ado* no
Sistema Ún*co de Saúde, SUS, sendo 3 UBS na Zona Urbana.
P*rtic*param desse estudo 39 pacient*s ca***trados na uni*ade mencionada, os quais
realizam tratamento para diabetes *á mais
de sei* mese* e est*v*m p*esentes na uni*ade no
mome*to da c**eta, ou *eja, am*stra*em não probabilística por *onve*iência (R**IN, 2016).
Foram critéri*s par* inclusão: t*r 1* anos ou mais, estar em t*atamento dia*éti*o há m*is de
seis meses, vi*t* que, com esse tempo, o pa*ient* já apresent* impacto da do**ça em sua o
vida, sem restriç** de e*tado civil *u gê*ero e est*r lúcido e o*ientado, tendo *o*o crité*io *e
exclusão: não *sta* na *n*da*e no moment* da coleta.
*oi *til*zado n*st* p*squisa um questionário estruturado *ec**do (M*R*ONI;
LAKATOS, 2010), *laborado *elas pe*quisadoras, que avaliará a rotina diária de a*tocuidado
com feri*entos e a periodic*dade de rea*i*açã* d* curativos dess** pac*en*es. P*imeiramente,
*ora* dispos**s quest**s *ociodemográficas e em seguida questões diretament* *elacionad*s
aos *bjetiv*s do projeto.
Fo* utilizad* so*twa** Microso*t Office **cel 2013, pois ele permite arm*zenamento
dos dad*s colhidos, viabiliz*ndo * c*nstruçã* de tabelas e gráficos. Além dis**, e*e perm*te a
r**lização d* cálc*los estatístic**. *pó* a tabul*çã* e cria*ão das tabelas, *oi fe**a a análi*e
dos dados, com *ase ** aut*r*s re*erenciados.
Esta pesquisa foi bas*ada *m
q*es*ões éti**s. **s*e modo, foram resp*itados os
aspect*s ***c*s *a Resol*ção nº 4*6/12, do Conselho Nac*onal de Saúde (*NS), *ssegurando
os direitos e devere*, no que tange à comuni*ade científica. *e *co*do o Artigo 10 *a Seção I,
da obtenç*o do Consent*mento * do Assent**ento contidos *a *esol*ção *º 466/12,
o
pe**u*sador irá es*larecer ao *art*c*pa*te, na medi** de sua c*mpreens*o e *espeitando s*as
singu*ari*ade*, sobre a n*tureza da
pesquisa, seus o*jetivos, mé*odos, direito*, ri*cos
e
po*enciais benef*cios.
D*sse mo*o, p*ra * execu*ão da col**a de
dado*, primeirame*te, após aprovação
do
pro*et*, foram en*aminh*dos pa*a
o s*tor respo*sáv*l
os ofício* de
l*bera*ã*, a sa*e*:
*ev*sta S*ú** em F*co, Teresi**, v. 7, *. 2, art. 1, p. 03-24, mai./ago.2*2* www4.fsa**t.com.b*/revis**
G. N. Libarino
12
permi*são da dire*ão das inst*tuições envolv*das **r meio do Termo de Anuência do Gestor
(*AG), **bmissão na Plat*forma *rasil e a*torização d* conselho de ética em pesq**s*s
envolve*do seres huma*os. A pesquisa f*i cada*trada na Plataforma *rasil p*r* aná*ise
e
aprovação do Comit* de É*ica
e* Pesquis* - CEP. A*ós t*âmit* o
da Plataforma B*asil e
a
autori*ação *o conselho de
*t*ca e* pesquisas, os *os*íveis
particip*ntes r**e**ram
esclareciment*s sobre o objetivo *a pes*uisa * a autorização para sua *eali*ação, por meio do
Termo d* Consentimento L*v*e e Esclare*ido (*CLE).
4 R*SUL*OS E DISC*SSÕES
A po*ulação estudada é *omposta de 39 pacientes
*iabé*icos, sendo 18
ins*linodependentes. A c*leta dos dad*s *oi real*zada *m uma UBS
*e um mu*ícipio de
peq*eno por*e do inte*ior da Bahia, duran*e a pr*meira *emana de outubro *e 2019.
No local **squisado são cada*trados 133 pacientes, d* modo *ue a *mostra representa
29% deles. Os pacientes responderam aos questio*ários d* próprio *u*ho, embora 44% não
fossem e*co*arizad*s e tenh*m sido *u*iliado* *ela pesquisa*ora. Há pre*o*ínio do s*xo
feminino
- 56%; *o entanto, a presença ma**ul*na * importante - 44%. * *aixa etária
pr*domina*te é *cima de *0 anos - 34%. Esses dados pode* ser *bser*a*os na *a*el* 1,
a
seguir.
Tabel* 1 - Distribuição percentu** do *erfil dos *acien*es.
D*DOS
VARIÁVEIS
*
%
Sexo
M*sculin* Fem*nino
*8 21
44 56
Fai*a e*ária
18-24 *5-3* 36-50 51-6* > 61
2 6 11 1* 7
5 15 3* 34 1*
Escolarida*e
nã* freq*e*tou a escola ensino fundamenta* ensino médio ensino s*per*or
17 09 08 5
44 2* 21 13
Fonte: Dados da pesqui*a, V*tória da Conquista-BA, *019.
O número de entr*vistados corresp*n*e a uma parcel* re*evante dos pa*ie*tes
atendido* n* un*dad* d* *aú*e estud*da, pr*porcionando resultados cond*ze*tes com ou*ra*
pesquisas da área.
R***s** Saúd* e* Foco, Te*es*na, v. 7, n. *, art. 1, *. 03-24, mai./ago.2**0w*w4.**an*t.com.br/revis*a
Aut*cu*dado e* Indivíduos Diabéti*os: O Pé Dia*ético
13
Em aná*ise semelhante, de *ezende N*ta, S*lva * Silva (2015), realizada em
Teresina-PI, 61% *ram do sexo feminino, com faixa et*ria p*e*ominante ac*ma de 50 *nos,
co* pouc* ou nenhuma **colaridade. Dourado e *antos (2015)
fiz*ram um es*udo, em
Recife-PE, no q*al a faixa etária maior estav* acima do* 6* a*os, porém, 74% *ram *o sex*
feminino e 4*% tinham es*o*aridade elementa*.
De modo que, no *resen*e estudo, e
nos ac*ma men*io*a*os, *eri**c*-*e que
as
mulhere* são em maior núm*ro afet*das pela *o**ça e que a baixa escolarid*de e,
consequentemente, a *ouca i*st*ução podem contribuir para a falta de educação em saúde.
A s*g*nda parte *o qu*sti*nário *l*bo*ado pel* pesquisadora foi const*tuí*o de 1*
(*oze) questõ*s fec*ada*, que,
*uando agrupad*s, dizem respeito ao *i*o de doença,
tratamento e aut*cuidados co* os pés, e s*r** descr*tas a *eguir.
4.1 Tipo de Dia*etes **llitus
G***ico 1 - Tipo de *M
Ti*o 1
Tipo 2
Out*o
Fonte: Dados da pes*uisa, Vitória da Conquist*-BA, 2019.
Quanto ao ti*o *e DM, 95% dos entrevistados *ão acometidos d* Tipo *I, ap*nas um
p*ciente do Tipo I * outro paciente com um tipo ** D* n*o *specificad*. Essa ***drom*
metaból*ca acom*te 12,5 *ilhõ*s de b*a*ile*ros. * país ocupa o 4º lugar em uma lista de **
países com maior número d* *essoas com a doença (SBD, 2018). Segundo Orozco e Alves
(2017), 90% d*s *aso* registrados no país são do DM T*po II, corres*onde*do aos *es**tados
e*contrad*s.
O D* é um* patologia *m q*e o recurso ter**êutico envolve, *rincipalmente, a
alteração de
há*itos alim*ntares, prática de ativ*dade *í***a, além do uso de medi*amentos
*evista S*úde em Foc*, Te*esina, v. 7, *. 2, art. *, p. 03-24, mai./ago.20*0 www4.fsanet.com.br/revi*ta
G. N. L*barino
*4
p*óp*ios pa*a o DM * da con*cientização e ap*endizagem * r*speito da doença, of**ecidas
pelos profissionais da equip* *e sa*de, bem como *o a**oconhecimen*o, aspec**s que são
fundamentais
par* u* *om prognó*tico. A edu*ação relat*v* à doença possibilita
compreender que * indivíduo é responsável *elo s*u futuro. ***nte d*sso,
a pouca
escolaridade dos *ntrev*stados pode vir a comprometer essa ú*tima assertiva dos au*ores
(ORO**O; ALVES, 2017).
4.2 Trata*ento
Gráfi*o 2 - *ratamento
Antidiabéticos orais
Insu*i**
Dieta
Ex*rcício *í**co
F*nte: Dados d* pesq*isa, Vitória da Conquista-BA, 2*19.
Quant* ao **at*mento, *s entrevistados podiam marc*r mais de um* *lt*rnativa.
*00% dos entrevi*tados *az*m uso de an*i*iabético* o*a*s e apenas 6% *tilizam a insulina
dia**ame*te. 80% seguem a dieta reco*en*ada e
28% pra**c*m at**i*ade f*sic*
regul*r*ente.
Em um estudo reali*ado por Far*a et *l. (*014), a resp*ito d* adesão ao tr*tamento
e* Diabetes Me*li*us, em um município do interi*r de Mina* *erais, constat*u-*e que cerca
de 84% dos
pac*entes ad**iram ao tratame*to medicamentoso, enquanto quase 6*%
praticav*m ativ**ade físi*a e apen*s 3% ti*h** um plano aliment*r. Os a*tor*s di*cutiram que
* u*i*ização das drogas é *uperi** a* cuidado com a alimentação, afirmando que esse
é um
gr*nde desafi* par* a equipe das Uni*a*es B**ic*s *e Saúd*, visto que o tipo de aliment*ção
influencia diretamente no *rognó*tico
do pa*i**t*. Em*o*a *
resultado seja positiv* *m
re*ação à *desão e a* sucesso da* políti*as púb*icas medicame*tosas, educação e mudança
*e atitud* em rel*ção aos hábitos al*mentares ain*a são e*o*mes ob*tác***s.
Revista Saúd* em Foco, Tere*ina, v. 7, n. 2, ar*. 1, p. 03-24, mai./ago.2020w*w4.fsane*.com.br/re*ista
Autocuidado *m Indivíduos Diabético*: O Pé *iabético
15
A *sse r*speito, Ro*s, B*pt*st* e Miranda (2015) veem que o nív*l de ins*rução e a
co*dição so*ial - esse últ*mo aspecto n*o foi considerado para *ste trabalho mo*ográ*ico -
podem i*fluenciar no *ratam*nto, e*pecialmen** na com*reensão da* instruç*es **das pel*
equipe d* enfermag*m e demais membr** da equipe. Além disso, * *desão a uma
alimentação mais sau*ável *ambém e*tá diret*mente r*la**onada *os fatores me*c*on*do*.
*.3 Instituição de Saúd* pa*a Acompa*hamento
*ráfico 3 - I*stituiçã* de saúde para acompanhamento
Unidade Bás*ca de saú**
Ambulatório
Conv*ni*da
Fonte: Da*os da pes*uisa, Vi*ória *a Conquista-BA, 2*19.
A **arta *erg*nt* do qu**tionário diz respeit* * instituição de saúde p*ocurada p*ra o
a**mpan*amento ** doe*ça. Os entrevistados podia* *arcar mais de uma *pçã*. 100% *os
e*trevistados recorrem à Unidade Bás*ca de Saúde * *5% ainda busc*m a red* *on*en***a
para comp*eme*tar o tratamento. 62% *a*ticipam do grupo Hip**dia.
* DM fa* *arte d* uma das *i*has de Cuidado (LC) do Sistema **ico *e Saúde
(SUS). As LC são compreendidas **mo *ec*menda*ões s*s*em**icamente *la*ora*as,
gui*da* por diret*i*es clí*icas, *om o intuito de **segurar a *tenção à sa*de. Elas esp*cificam
as aç*es e os s*rviços que pre*is*m se* desenvolvidos nas div*rsas áreas d* *tenção
(primár**, *ecundária e terciá*ia) de uma *ede de Atenção * *aúde (RAS), a *i* d* a*sistir *s
*uas car*n*ias de *aúde (*ORGES; LACERDA, 201*).
A Un**ade Bá*ica de Saúde (U*S) é esse lugar que primeiro aco*he o paciente com
DM, seja *o d*agnóstico inicial, s*ja no con**ole e **atamento do D*. As UBS rec*bem *o
gover*o as iniciati*as e* saúd* * a* polític*s no*mati*adoras, em estr*tégias e medidas para
preven*ão e *rata*ento de*sa e de outras do*nças, send* o Plan* de Ações Es*ratégicas **ra
*e*ista *aúde em Fo*o, *ere*ina, v. *, n. 2, art. 1, p. *3-*4, mai./a*o.20*0 www4.fsanet.com.br/rev*sta
G. N. Li*arino
16
o Enfrenta*ento das D*e*ças Crônicas Não **ans*iss*veis (DCNT) n* Bra*il, 201*-2022, o
documento *ue define e prioriza as ações pa*a cerca de 60% da pop*lação brasileira atendida
nas UBS (BORGES; LACERD*, 2018; *RASIL, 2*11).
Com o objet*vo *e acompanhar os pac*entes *cometidos de Hiperten**o Art*rial
Sistêmica * Diabetes Mell*t*s, foi cr*ado, em 2002, o Progr*ma d* Hipertensão Arte*ial
e
Di*betes (Hiperdia) - Sistema de Cadastr*mento e Acomp***amento de *ipe*tensos
e
Dia*éticos, programa des*o**inuado, *gora d**ominado *rupo de Hi*erte**os, n*s UBS. Na
fi*ha ** cadastro
do hiperten*o e/ou *iabético, encontram-s* também i*portan*es d*dos a
respeito do sob**pe*o e da obesidade (GOMES, 2016).
4.4 Autocuidado em Indivíduos Diabéti*os
Tabela 2 - Aut*cuidado em indivíduos *iabéticos.
*ADOS
VARIÁVEIS
*
%
1. Ex*mi*a os pés?
nã o s* m
16 23
41 59
2. Examina o interior dos sapatos ant*s de calçá-los?
nã o si m
14 25
36 64
3. Sec* *s espaços inte**igi**is *epois d* lavar os pés?
nã o s* m
2* 13
65 **
4. H*drata os pé*?
nã o si m
2* *0
75 2*
5. Co*t* a* unh*s r*tas?
nã * si *
3* 8
80 20
*. Anda descalço?
nã o si m
32 7
82 18
Fon*e: Dados da pe*quisa, V*tória da Con*uista-BA, 2*19.
Conforme disposto na Tabe*a 2, *e modo geral, os *ntr*vis*a*os **o realiz*m o
*utocuida*o com os *és,
pois, n* maioria das
p*rguntas, *esponde*a* não. Apenas na*
perguntas 1 e 2, s* exami**m os pés e se *xamina* o interior dos sapatos ant*s *e *alçá-lo*,
59% e 64% res*onderam sim, respec**va*ente.
E*am*n*r os pés diz respe*to *, cotid**name*te, *bservá-*os. O auxílio *e um **pelho
ou de um fami*iar pode ser u*a alt*rna**va, a fim de pe*ceber se *á "*al*s, rachad*ra*,
a*teraçõ*s de cor o* úlcera* e ob*ervar o* sinais de alerta: hiperemia, ciano*e, pa*idez grave"
(*BD, 20*7). C*s* seja en*o*tr*da al*uma de*sas alterações, que são consideradas fatores de
risco, o paci*n*e deve *rocurar * UBS e inform*r ao enfe*meiro responsável, para que se**m
evita*as maio*es complic***e*, inclui*do aí o risco *e ampu*ação (SBD, 2017).
R*vista Saú*e em Foco, Teresina, v. 7, n. *, art. 1, p. 03-2*, m*i./ago.2020www4.fsanet.com.*r/revista
A*tocu*dado em Indivíduos Diabé*icos: * Pé D*ab*tico
17
A escolha dos calçados é muito impo*tante pa** o p*ciente diabétic*. Eles d*vem ser
con*ortáv*i*, fabricados com mat*riai* macios, p*efer*nci*lmente fechad**, mas *ue
*ão
a*ertem *u cau*em *ual*uer d*sconforto. Quando
nov**, devem ser amaciados a*s pouc*s,
em c*sa, antes de **ngas cam*nha*a*,
*ara e*itar calo* o* o**ros ma*huca**s. An*es d*
calçar, o pacient* deve exam*nar o in*e*ior dos *apa*os e, se en*o*trar qualqu** alteraçã*, n*o
d*ve c*lçá-los (BRASIL, 2018).
A esse res*e*to, *oo*, Bapti*ta e Mira*da (2*15) informam em su*
pesquis* que
algu*s aspectos do *utoc*id*do são tratados c*m maior interesse ** que *utros, encontrando
maior ad*sã* *m ind*víduos amputados, que dão *aio* *tenção ao membro n*o adoecido. Em
tra*alho semelhan*e, Dourado e *antos (*015) ap**tam que ma*s de 50% de seus en*rev*stados
ex*min** os
p** e 64% examinam os ca*çados. O* aut*res cons*deram
*u* os pés d****s
indivíduos t*m condiç*es cl*n*cas fav**áveis, *pesar da *desão ainda ser moderada.
Rezende Neta, Sil*a e Silv* (201*) af**m*m, em sua pesquisa, qu* a *desão ao hábito
de examinar os pés e os calçados é alta. E destacam que é o e*ferm*i*o *ue ensi** a* pacient*
di*bé*i*o *s cuidados *iários pelos quais ele deve se responsabilizar e* seu cot*d*ano, como
inspecionar e f*zer o cuidado, *ant**d* os pés limp*s e s*cos, de modo ma** minu*i*so entre
os dedos, * *u* p*de pr*venir complicaçõ*s
incô*odas, tanto fí*ica*
quanto e*ociona*s.
Outra ori*ntação *mportan*e que deve fazer parte das orie*taçõ*s é estimular * p**iente
*
fazer uso de calç*dos fechados, *ue sejam
confortáveis ao* pés, *em como
observá-l*s
cu*da*osament* antes de calçar.
*inda dura*te *ons*lta de enf*rm*ge*, o profissional deve ex*min*r pre*idente*e*te
os membros inferiores, a *im de ide*ti*icar *i*cos de lesão do p*, pois, ao re*lizar esse exa*e,
o ri*co do acometimento d* feridas é meno* em relação à*ueles p*cientes que
não s*o
exami*ados. * enferme*ro *eve
c*nsiderar que ***e é o maior mo*ivo de *ospita*ização do
p*ciente diabético, se*do au*ocui**do incent*vado *elo profissional a melh*r ma*eira o
de
e*i*á-lo (RE*END* N*TA; *ILVA; S*LVA (2015).
Quanto a*s *uidados de secar o* espaç*s interdigitais depois *e la*ar os pés, h*drata* os
pés, c*rtar as unh*s retas e a*dar desca*ço, entre 60% e 8*% dos entrevistados dissera* que
não o* re*lizam.
Secar o* espaços inter*igitais significa que, sentado, o paciente deve p*ssar a toalha
entre cada um *os dedos. Essa tarefa é imp*rtante,
pois contribui pa*a que lesões
nã *
a*areçam por a*r**o ou água acumulada, al*m de cola*orar para a reduç*o *a po**ibilida*e de
*urgirem *icoses e infecções (*ARRÉ, 2017). Faz*r u*o de **dra*a*t*s ***prios para pé*
*iabét*c*s, exceto
entre *s dedos, *vita *essecamen*o *, co**e*uentemen*e, rachadu*a*
o*
Revi*ta Sa*de *m Foco, *eresin*, v. 7, n. 2, **t. 1, p. *3-24, mai./ago.2020 ww**.f*an**.com.br/revis*a
G. *. Lib**in*
*8
fissuras (BRAS*IL, 2018). Corta* a* un*as re*as *amb*m faz parte
do pr*toco*o de
au*o*u*da*o; a forma arr*dondada diminui a possibili*ade *e encravament*. Por f*m, andar
descalço é prejudicial, p*is ess* hábito t*rn* a planta do pé mais inse*sí*el a cortes ou outros
*erimentos (PÉ*EZ RODRÍGUES, 2013; LARR*, 2017).
Or*z*o e Alves (2015) consta*aram, em seu es*u*o com*arativo em rel*ção ao
a**ocui*ad* com pacie*te* diab*t*cos *os *ipos 1 e
2, que os i*d*ví**os com o t**o 2 t**
pouca consciê*cia da im*or**ncia do* cuida*os cot*dianos que devem ter com os pés. A
adesão ao protocolo é baixa, a*ém *e nã* **nsare* da gravidade ou se p*e**upar*m *o*
proble*as f*turos.
As *iretrizes da Sociedade B*a*i*ei*a de Diabet*s (2017) mencionam a imp**tân*i* da
ed*caçã* em Diab*tes Me*litus e cita o autocuidado *o*o ferra*enta *ssencial p*ra o *uce*so
d* tratamento, q*e g*ran*irá o cont*ole da d*en*a, que depende q*ase que totalme*te
do
pacient*. * documento co*sidera que o modelo mais direcionado ao paciente te** resultados
mais satisfató*ios.
A *on*uta preve*tiva realizada *elo enferme*ro na UBS deve *er detalhada, tanto no
exame d*s membro* infe*iores, como já menciona*o, quanto nas or**ntações e*uca**onais para
* *utocuidado, que inc*uem os itens *e 1 a 6 *itad*s na T*bela 2 (BRASIL, *0*8).
*ern*nde* et al. (2019), após *ntrev*starem 77 d*abéticos tip* 2, concl*íram que esses
p*cient** possuíam pouco conhecime**o a *espeit* da *ssenc*alidade do autocuida*o com os
pés, embora cerca
*e 40% *izes*em o aut*exame. Em um estudo
com ido*os
*i*b*ticos de
Monteiro e Souza (2017), os pac*ente* i*formara* que, n* intervalo de 5 a 7
dia*, mais de
*5% examinavam
os pés ve*e*, ev**enciand* a compreensã* 5
da importância **sse ato
no
cotidia** d* doença.
Rossaneis et al. (2016), em um estud* comparati*o sobre autocu*dado praticado *or
*omens e mul*eres, con*tatar*m que o dé*i**t er* alto nos dois grup*s, em*ora
as paciente*
*o sexo feminino apresenta*sem ***or pre*a*ência no autocuida*o; no qu*sito u*o de calçado
inadequado, os homens apresentaram maior frequência.
Ross**eis et al. (2016) tamb*m *onsiderar*m que os fatores *oc*oec*nô*icos e a baix*
escolari*ade influ*nciam na co*pree*são e adesão ao a*tocuidado, enfatizando que esse é um
desafi* ch*ve p*ra a equipe das Uni*ade* *ási*as de Saúde, e tr*çar
e*tratégias para
*ue
as
o*ientações sejam compre**dida* e efet*vadas pod* ser u*a impor*ante saída para
esse
pro**ema de *aúde pública.
Revist* Saúde e* Foco, *eresin*, v. 7, n. 2, art. 1, p. 03-24, mai./ago.2020www4.f*anet.com.br/revista
Aut*cui*ado e* Indivíduo* Diabé*icos: O Pé Diabético
19
* CONSIDERAÇÕES F**AIS
* **jetivo de verificar como é o autocuid*do de indivídu*s diabétic*s com *elação aos
ferimen*os no pé f*i
alcançad*, p*is, q*ando *uestionados se re*li*avam o *utocuidado
e
quais it*ns eram *bserv*do*,
os pac*entes responde*a* satis*atoriam*nte. Co*statou-se que,
d* maneira **ral, * autocuidado desses p*cientes é insati*fatório, e **e o fa*or baix*
*sco*ari*ade pode se* *m agrav*nte para * *escum*rimen** das orien*ações da enfe*magem.
Des*aca-s* *ue o DM é uma d*e*ç* crôn*ca q*e tem se tornado uma *pidemia mundial.
A *artir dela, outr*s patologias podem ser agravadas e/ou compli*a*ões podem ser
desenvol*i*as pelo
paciente, como problemas card*ovas*u**res, *e*a*s, c*gu*ir* e o
pé
diabético. Este ú*t*mo
*stá e*tre as disfunções mais frequentes e oc*rr*
devido à falta
de
cuidado e de contr*le da doe**a, podendo evo**ir para ulc*r*ções gr*ves, até a am*uta*ão de
membro* inferio*es.
As **ceras do pé *iabét*co podem *er ev*ta*as co* medi*as simples, *o cotidi**o do
pa*iente, e isso *epend* t*nto do comprometime*to *esse in*ivídu*, quanto do pre*a*o e de
estratégia* *a U*i*ade Bás*ca *e *aúde, na p*ssoa do enfermeiro re*ponsável.
Um con**a*te c**t*to c*m os pa*ientes **abéticos colabora para *onhecer as at*vi*ades
de autocuidado prati*adas
por e*es, *endo esse fa*or *mpo*tante
p*ra a fo*mação de um
posiciona*ent* e or*anizaç*o de a*ões
educat*vas, r**ativa* tanto à* carên*ias i*d*viduais
q*an*o colet*vas des*a população que procura a saúde bási*a. *m p**g*ama be* planej*do e
imple*entado, que inclua noções sobre a doença * suas compli*a*õ*s, mo*elo de tra*amento
m**icamentoso e não farmacológic*, prática d* at*vidade fí*ica, bem como ações *e
a*t*cu*dado que os p*ci**t*s devem desenvo*ver, poder*a diminui* os índices de não ad*s*o ao
auto**ida*o.
Diant* disso, *er*e**-se qu* as ações educativas, caso **ja, o* as orientações dada* p*la
*quipe de e*fermagem d* U*idade Básica pesquisada *ão insa*isfatórias, visto que a amostra
ana*isada *emonstrou que
os
pacien*e* dia*éticos da unida*e ainda não compre*ndem
a
imp*rtânci* *e seguir o pr*toco*o d* autocuidado.
As*im, nota-se que é muit* r*levan*e que a
equipe de enferma*em elabore a*ões
educativas a* l*n*o do ano, e **o apenas pon*uais, sendo essas foca*as no autocui*ado *om o
dia*etes. O en*ermeiro p*de e*tim*l*r as ati*id*des de aut*cuidado por m*io d* demonstraç*es
*n loco, na* c*ns*ltas de rot*na, ou seja, t*c*ndo o paciente e ensinado *s prát*cas, *as
se*pre buscando soluções **m*les, considerando a s*t*aç*o
s*cioeconômica, escol*rid*de
e
dificuldade de mater*a*s.
Revista Saúde *m *oco, Te*esina, v. 7, n. 2, art. 1, p. 03-24, mai./ago.2020 www*.fsanet.*om.b*/revista
G. N. Libarino
20
**r**te * discussão dos dados, co**tatou-*e que *ma entr*vist* com o
*nfer*eiro
resp*nsável pela Un*dade Básica de Saúde em est*d* poderia contribui* para a compreensão
d*s resul*ados, p*dend* se* esse um d*sd*b*amento par* fu*u*as pesqui*a* o* para estudos
semelhantes.
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G. *. Lib*r*no
2*
Como Referenciar este A*ti*o, con*orme A*NT:
LIB*RIN*, G. N. *utocu**a*o em *ndivíduos Diabét*cos: * Pé Diabéti*o. Rev. S*úde em
*oco, Teresina, v. 7, n. 2, art. 1, p. 03-24, mai./ago.*020.
C*ntr**uição d*s Autores
G. N. Li*arino
1) co*cepç*o e planejamento.
*
2) an*lise e interpre**ção dos dado*.
X
3) elabo*ação do rascunho ou revisão crítica ** conteúdo.
X
4) parti*ipação na *provação da versão fi*al *o manuscr*to.
X
Rev*sta S**de em Foco, Te*esina, *. 7, n. 2, art. 1, p. 03-24, *ai./*g*.*020ww*4.fs*net.com.br/*e**sta