Freedas Crew: Pintando Com um Grupo de Mulheres / Freedas Crew: Painting With a Group of Women
Resumo
O presente artigo faz parte da minha pesquisa de mestrado em andamento sobre um coletivo de mulheres que grafitam na Grande Belém, chamado Freedas Crew. O texto tem como base um relato etnográfico associado a reflexões teóricas sobre a oficina “Vivência para Mulheres”, ministrada pela artista visual e grafiteira Michelle Cunha em 2014, na qual originou a Crew. Reuniu 9 mulheres (das 15 inscritas), durante dois meses no Casa-Ateliê Sopro, no bairro da Campina em Belém-PA. Destaca-se a experimentação como metodologia de pesquisa, pois a autora do texto participou da oficina e, por consequência, tornou-se integrante das Freedas. Se a observação-participação da fundação e vivência de um coletivo de arte feminina apreende alianças, conflitos, resistências e sociabilidades existentes no processo do graffiti, aprender essa arte conjuntamente com outras mulheres iniciantes traz reflexões e experiências diferenciadas. Para tal, o diálogo é traçado com Roy Wagner, partindo de sua teoria da cultura como “invenção”, que coloca em relação antropólogo e nativo, além da sociologia carnal de Wacquant, que procura desenvolver uma sociologia a partir do corpo.
Palavras-chave: Arte Urbana. Graffiti. Experimentação. Freedas Crew. Mulheres.
ABSTRACT
This article is part of my master’s degree research in progress about a collective of women who graffiti in Belém, called Freedas Crew. The text is based on an ethnographic reporting associated with theoretical reflections on the workshop "Women’s experience", administered by visual and graffiti artist Michelle Cunha in 2014, which led to the Crew. Brought together 9 women (of the 15 enrolled), for two months in the Casa-Ateliê Sopro, in the neighborhood of Campina in Belém-PA. It highlights the experimentation as research methodology, because the author of the text took part in the workshop and consequently became member of the Freedas. If the observation-participation of the foundation and experiencing of a female art collective seizes alliances, conflicts, resistances and sociability that exist in the process of graffiti, learn this art together with other beginner’s women brings reflections and unique experiences. To this, the dialogue is delineated with Roy Wagner, from his theory of culture as "invention", which puts anthropologist and native relationship. Besides the carnal sociology of Wacquant, which seeks to develop a sociology from the body.
Keywords: Urban Art. Graffiti. Experimentation. Freedas Crew. Women.
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DOI: http://dx.doi.org/10.12819/2016.13.5.3
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