Metáfora Para Quem? Um Estudo Intercultural Com Base Na Festa Itenez Do [ta’ran] / Metaphor For Who? A Cross-Cultural Study Based On Itenez [ta’ran] Party
Resumo
RESUMO
Como algo que só funciona em ambiente cultural, uma língua natural carece de um aporte de cultura que permita uma compreensão adequada de seu sentido real. Por meio da metodologia da Semântica de Contextos e Cenários, o presente artigo visa a demonstrar que através de metáforas presentes na festa do [ta’ran], festa religiosa da nação ameríndia itenez, da Bolívia, podemos compreender que aquilo que se realiza como metáfora em uma cultura não tem sentido metafórico em outra justamente em virtude das diferenças do pano de fundo cultural.
Palavras-Chaves: Relação entre língua e cultura. Metáfora. Semântica de Contextos e Cenários.
ABSTRACT
As something that only works in the cultural environment, a natural language lacks a contribution of culture to allow a proper understanding of its real meaning. Through the methodology of Context and Scenery Semantics, this paper aims to demonstrate that through metaphors present in the [ta’ran] party, religious celebration of Amerindian itenez nation, from Bolivia, we understand that what is done as a metaphor for one culture has no metaphorical meaning in another, precisely because of differences in cultural background.
Key-Words: Relationship between language and culture. Metaphor. Context and Scenery Semantics.
Referências
BLACK, M. (1954-55). “Metaphor” in JOHNSON,M.(ed). Philosophical Perspectives on Metaphor. Minneapolis: University of Minesota Press, sd.
_________(1961/1966). Modelos e Metáforas. Trad. de ZAVALA, V.S. Madrid: Ed.Tecnos.
FERRAREZI Jr., C. (1997). A Hipótese da Interinfluência entre Pensamento, Cultura e Linguagem. Guajará-Mirim: WPAL/UNIR.
______ (2010). Introdução à Semântica de Contextos e Cenários: de la langue à la vie. Campinas, SP: Mercado de Letras.
GEERTZ, C. (1970/1978). A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar.
GRASSO, D.E.I. (1982). Lenguas Indígenas de Bolívia. La Paz: Ed. Juventud.
_________(1985). Pueblos Indígenas de Bolívia. La Paz: Ed. Juventud.
GREIMAS, A. J. & COURTÉS, J. (1979/1990). Dicionário de Semiótica. São Paulo, Cultrix, 1990.
HUMBOLDT, W. von (1836/1949). Über die Verschiedenheit des Menschlichen Sprachbaus. Berlin: reed. Darmstadt, Claasen and Roether
HYMES, D. H. (1961). “Linguistic Aspects of Cross-Cultural Personality Study” in B. Kaplan (ed.) Studying Personality Cross-Culturally. pp 313-59, New York: Harper and Row, sd.
_________(1966). “Two Types of Linguistic Relativity” in W.Bright (ed.), Sociolinguistics. Proceedings of the UCLA Sociolinguistics Conference, 1964. The Hague: Mouton.
LÉVI-STRAUSS, C. (1968/1987). “O Uso das Plantas Silvestres da América do Sul Tropical” in Suma Etnológica Brasileira. Edição Atualizada do Handbook of South American Indians. Petrópolis: Darci Ribeiro (editor) et alii.
POSEY, D.A. (1984/1987). “Etnobiologia: Teoria e Prática.” in Suma Etnológica Brasileira. Edição Atualizada do Handbook of South American Indians. Petrópolis: Darcy Ribeiro(editor) et alii.
RUHLEN, M. (1991). On The Origin of Languages. Stanford: Stanford University Press.
SAPIR, E. (1921/1971). “A Língua como Produto Histórico: A Deriva.” in A Linguagem. Rio de Janeiro: Acadêmica.
WHORF, B. (1939). Lenguage, Pensamiento y Realidad. ed Barral. (outras informações não disponíveis).
DOI: http://dx.doi.org/10.12819/2015.12.2.10
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Atribuição (BY): Os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, conquanto que deem créditos devidos ao autor ou licenciador, na maneira especificada por estes.
Não Comercial (NC): Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, desde que sejam para fins não-comerciais
Sem Derivações (ND): Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar apenas cópias exatas da obra, não podendo criar derivações da mesma.
ISSN 1806-6356 (Impresso) e 2317-2983 (Eletrônico)