O Que Jobs Diz? A Construção do Herói por Meio do Discurso / What Does Jobs Say? Hero's Construction by Speech

João Paulo Nascimento da Silva, Álvaro Leonel de Oliveira, André Luiz Neves, Marco Antônio Villarta-Neder

Abstract


A estética da criação verbal, obra desenvolvida por Mikhail Bakhtin, aborda a forma espacial do herói, o qual contém o excedente da visão estética, que se torna uma importante ferramenta para se analisar o discurso. O objetivo principal a ser alcançado com este trabalho é identificar como o eu­-para-mim, o eu-para-outro e o outro-para-mim se constituem entre Steve Jobs e os formandos de 2005, da Universidade de Stanford nos Estados Unidos, de modo a analisar as representações contidas em seu discurso, bem como realçar as intenções de construção de imagens que estão presentes em sua fala. Para tanto, serão analisadas as três histórias que são narradas por Steve Jobs, sendo: sobre conectar os pontos, amor e perda, e morte. A análise do discurso destas três histórias traz a relação da construção do herói, observando o excedente da visão estética. Considera-se que tal discurso proferido em Stanford estreitou a relação que os formandos tinham com o seu herói, possibilitando maior compreensão de alguns dos momentos vivenciados por Steve Jobs.

 

Palavras-chave: Steve Jobs. Forma Espacial do Herói. Excedente da Visão Estética.

 

ABSTRACT

 

The aesthetics of verbal creation, a work developed by Mikhail Bakhtin, addresses the spatial form of the hero, which contains the surplus of aesthetic vision, which becomes an important tool for analyzing discourse. The main goal to be achieved with this work is to identify how the self-for-self, the self-for-self and the other-for-me constitute between Steve Jobs and the 2005 graduates of Stanford University in United States, in order to analyze the representations contained in his speech, as well as to highlight the intentions of constructing images that are present in his speech. To do so, we will analyze the three stories that are narrated by Steve Jobs, being: about connecting points, love and loss, and about death. The analysis of the discourse of these three stories brings the relation of the construction of the hero observing the surplus of the aesthetic vision. It is considered that such a speech at Stanford narrowed the relationship that the trainees had with their hero, allowing a greater understanding of some of the moments experienced by Steve Jobs.

 

Keywords: Steve Jobs. Spatial Form of the Hero. Surplus of Aesthetic Vision.


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DOI: http://dx.doi.org/10.12819/2018.15.3.11

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