O Que Torna Possível uma Abordagem Pragmático-Enunciativa de Discursos? / What Makes a Pragmatic-Enunciative Approach to Discourses Possible?

Bruno Rêgo Deusdará Rodrigues

Abstract


RESUMO

 

 

Neste ensaio, proponho discutir uma fundamentação filosófica para a Análise do Discurso que tenho praticado, cujo quadro teórico se assenta sobre os trabalhos de M. Bakhtin e D. Maingueneau. Nessa discussão, procuro tensionar conceitos oriundos dos estudos da enunciação, de É. Benveniste, e da pragmática, de J. Austin, com o intuito de promover uma articulação entre esses referenciais. Considerações acerca das noções de subjetividade e de performativo serão enfatizadas, na discussão proposta.

 

Palavras Chaves:

 

ABSTRACT

 

 In this essay, I propose to discuss a philosophical foundation for the Discourse Analysis that I have practiced, whose theoretical framework is based on the works of M. Bakhtin and D. Maingueneau. In this discussion, I try to stress concepts derived from the studies of enunciation, from É. Benveniste, and the pragmatics of J. Austin, in order to promote a link between these references. Considerations about the notions of subjectivity and performative will be emphasized in the proposed discussion.

 

Keywords


References


AUSTIN, J. L. Quando dizer é fazer. Trad. de Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes Médicas 1990.

BENVENISTE, É. “Da subjetividade na linguagem”. In: Problemas de Linguística Geral I. Trad. de Maria da Glória Novak e Maria Luisa Neri. 5ª. Ed. Campinas: Pontes, 2005, p. 284-293.

DEUSDARÁ, B.; ROCHA, D. “O que entendemos por ‘trabalhar em Análise do discurso’?”. In: DEUSDARÁ, B.; ROCHA, D.; RODRIGUES, I. C.; PESSÔA, M.; ARANTES, P. C. C. (org.). Em Discurso: cenas possíveis. Rio de Janeiro: Cartonlina, 2018, p. 11-28.

FLORES, V. do N. Saussure e Benveniste no Brasil: quatro aulas na École Normale Supérieure. São Paulo: Parábola, 2017.

FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Trad. de Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Edições Loyola, 2005.

MAINGUENEAU, D. O que pesquisam os analistas do discurso?. Revista da ABRALIN, v. 14, n. 2, 2015a, p. 31-40. Disponível em: . Acesso em: 10 jan. 2019.

MARTINS, H. “Dizer e mostrar como performativos”. DELTA, v. 32, p. 633-645, 2016.

_____. “Três caminhos na filosofia da linguagem”. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (org.) Introdução à Linguística: fundamentos epistemológicos. vol. 3. São Paulo: Cortez, 2004. p. 439-473.

NEF, F. A linguagem: uma abordagem filosófica. Trad. de Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.

NIETZSCHE, F. “Sobre a Verdade e a Mentira no Sentido Extramoral”. In: Obras Incompletas. Trad. de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 41-52.

AUSTIN, J. L. Quando dizer é fazer. Trad. de Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes Médicas 1990.

BENVENISTE, É. “Da subjetividade na linguagem”. In: Problemas de Linguística Geral I. Trad. de Maria da Glória Novak e Maria Luisa Neri. 5ª. Ed. Campinas: Pontes, 2005, p. 284-293.

DEUSDARÁ, B.; ROCHA, D. “O que entendemos por ‘trabalhar em Análise do discurso’?”. In: DEUSDARÁ, B.; ROCHA, D.; RODRIGUES, I. C.; PESSÔA, M.; ARANTES, P. C. C. (org.). Em Discurso: cenas possíveis. Rio de Janeiro: Cartonlina, 2018, p. 11-28.

FLORES, V. do N. Saussure e Benveniste no Brasil: quatro aulas na École Normale Supérieure. São Paulo: Parábola, 2017.

FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Trad. de Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Edições Loyola, 2005.

MAINGUENEAU, D. O que pesquisam os analistas do discurso?. Revista da ABRALIN, v. 14, n. 2, 2015a, p. 31-40. Disponível em:

. Acesso em: 10 jan. 2019.

MARTINS, H. “Dizer e mostrar como performativos”. DELTA, v. 32, p. 633-645, 2016.

_____. “Três caminhos na filosofia da linguagem”. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (org.) Introdução à Linguística: fundamentos epistemológicos. vol. 3. São Paulo: Cortez, 2004. p. 439-473.

NEF, F. A linguagem: uma abordagem filosófica. Trad. de Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.

NIETZSCHE, F. “Sobre a Verdade e a Mentira no Sentido Extramoral”. In: Obras Incompletas. Trad. de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 41-52.

ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 6ª. Ed. Campinas: Pontes, 2005.

PÊCHEUX, Michel. A Análise de Discurso: três épocas (1983). In: GADET, Françoise; HAK, Tony (org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Trad. Betânia Mariani et. al. Campinas: Ed.da Unicamp, 1997, p. 311-318.

POSSENTI, S. “Teoria do Discurso: um caso de múltiplas rupturas”. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (org.) Introdução à Linguística: fundamentos epistemológicos. vol. 3. São Paulo: Cortez, 2004. p. 353-392.

RAJAGOPALAN, K. A nova pragmática: fases e feições de um fazer. São Paulo: Parábola, 2010.

TEDESCO, S. “Linguagem: representação ou criação?” In: KASTRUP, V.; TEDESCO, S.; PASSOS, E. (org). Políticas da cognição. Porto Alegre: Sulina, 2008, p. 113-135.




DOI: http://dx.doi.org/10.12819/2019.16.6.12

Refbacks

  • There are currently no refbacks.


Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

ISSN 1806-6356 (Print) and 2317-2983 (Electronic)