A História, o Fantástico e a Alegoria em Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freyre / The History, the Fantasy and the Allegory in Assombrações do Recife Velho, by Gilberto Freyre
Resumen
O presente artigo objetiva analisar a obra Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freyre, à luz dos vínculos mantidos entre o fantástico e a história. A partir dos condicionantes teóricos do livro Introdução à literatura fantástica, de Tzvetan Todorov, procurou-se vislumbrar a alegoria como categoria analítica que, em diálogo com componentes sócio-históricos, propiciou a análise dos relatos freyrianos. O método dialético, no qual as inferências permitidas pelo texto dialogam com o contexto, permitiu uma interpretação dos relatos que, mesmo voltando-se para a concretude do mundo, não dissipou a hesitação mantida por personagem e leitor diante dos fatos sobrenaturais presentes nos contos.
Palavras-chaves: Literatura Fantástica. Alegoria. Gilberto Freyre. História.
ABSTRACT
This paper aims to analyze Gilberto Freire's work, Assombrações do Recife Velho, beneath the kept entails between the fantasy and the history. Starting from the theoretical determinants of the book Introdução à literatura fantástica, by Tzvetan Todorov, it has made to gleam the allegory as an analytical grade whom dialogues with the social-historical components that have promoted an analysis of Freire's narratives. The dialectic method, in which, allowed inferences dialogue with the context, has permitted an interpretation of the stories which, even turning to the concreteness of the world, had not dispersed the hesitation kept by character and lector in the tales.
Key-words: Fantasy literature. Allegory. Gilberto Freyre. History.
Referencias
AUERBARC, E. Figura. São Paulo: Ática, 1997.
ALBUQUERQUE, W R; FRAGA FILHO, W. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Fundação Cultural Palmares, 2006.
ARAÚJO, R B. A Cidade Secreta: Intensidade, Fragmentação e Terror em Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freyre. Porto Alegre: Philia&Filia, 2010.
BATALHA, M. C. Literatura Fantástica: Aproximações Teóricas. In: SENA, André de. (Org.). Literatura fantástica e afins. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2012.
BESSIÈRE, I. O relato fantástico: forma mista do caso e da adivinha. Revista FronteiraZ, São Paulo, n. 9, p. 305-319, dez., 2012.
BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. 16° ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
BRAIT, B. A personagem. 7° ed. São Paulo: Ática, 1999.
BORGES FILHO, O. Espaço e literatura: introdução à topoanálise. Franca: Ribeirão Gráfica e Editora, 2015.
BÜRGER, P. Teoria da vanguarda. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
BURKE, P. História como alegoria. Estudos Avançados, São Paulo, v. 9, n. 25, p. 197-212, set.-dez., 1995.
CASTRO, A. B. Autômatos: a mecânica como imitação da vida. In: Anais do VII Seminário Nacional de Pesquisa em Arte e Cultura Visual. Goiânia-GO: UFG, FAV, 2014.
FERRETTI, S. F. Repensando o sincretismo. São Paulo: EdUSP, 1995.
FREYRE, G. Assombrações do Recife velho. 6° ed. São Paulo: Global Editora, 2008.
HANSEN, J. A. Alegoria. Construção e interpretação da metáfora. São Paulo, SP: HEDRA; Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2006.
KOTHE, F. R. A Alegoria. Ática: São Paulo, 1986.
LAGES, S. R. C. Exu – Luz e sombras. Uma análise psico-junguiana da linha de Exu na Umbanda. Juiz de Fora: Clio Edições Eletrônicas, 2003.
MELO, V. M. As paisagens do rio Capibaribe no século XIX e suas representações. Paisagem e Ambiente, São Paulo, n. 23, p. 253-263, jun., 2007.
MERQUIOR, J. G. Arte e sociedade em Marcuse, Adorno e Benjamim. Ensaio crítico sobre a escola neohegeliana de Frankfurt. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1969.
MOUTINHO, J. G. N. Prefácio. In: FREYRE, Gilberto. Assombrações do Recife velho. Rio de Janeiro: Record, 1987.
SILVA, M. H. Pretas de honra: trabalho, cotidiano e representações de vendeiras e criadas no recife do século XIX (1840-1870). Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004.
TODOROV, T. Introdução à literatura fantástica. São Paulo: Perspectiva, 1975.
DOI: http://dx.doi.org/10.12819/2018.15.1.14
Enlaces refback
- No hay ningún enlace refback.
Atribuição (BY): Os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, conquanto que deem créditos devidos ao autor ou licenciador, na maneira especificada por estes.
Não Comercial (NC): Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, desde que sejam para fins não-comerciais
Sem Derivações (ND): Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar apenas cópias exatas da obra, não podendo criar derivações da mesma.
ISSN 1806-6356 (Impresso) e 2317-2983 (Eletrônico)