Motivações para a Saída de Empresas de um “Projeto APL”: Estudo de Caso do “Projeto APL” Moveleiro de Mirassol-SP / Motivations for the Exit of Companies from an "APL Project": Case Study of Mirassol-SP Furniture's "APL Project"
Resumen
O principal objetivo do artigo é descrever as razões que levaram algumas empresas a se desvincularem do “Projeto APL” moveleiro de Mirassol/SP, durante o período de 2003 a 2007. Tem, também, como foco, diferenciar APL de “Projeto APL”. O método de pesquisa utilizado foi um estudo de caso, realizado através de observação direta, participante e indireta. Esta última, por meio de entrevista estruturada, aplicada aos gestores das empresas evadidas. Os resultados mostraram que no “Projeto APL” de Mirassol algumas empresas se desvincularam face à ausência de cooperação entre elas e também ao excesso de individualismo e rivalidade entre os empresários.
Palavras-chave: Arranjos Produtivos Locais. Setor Moveleiro. Fatores de Insucesso de Empresas Integrantes de Projeto- APL. Motivações para desvinculação de “Projetos APL”.
ABSTRACT
The main objective of the article is to describe the reasons that led some firms to disassociate themselves from the "APL Project" from Mirassol / SP, during the period from 2003 to 2007. It also focuses on differentiating APL from "APL Project". The research method used was a case study, conducted through observation: direct, participant and indirect, through a structured interview, applied to managers of evaded firms. The results showed that in the "APL Project" of Mirassol some firms dissociated in the absence of cooperation among them and also through an excess of individualism and rivalry among the entrepreneurs.
Keywords: Local Productive Arrangements. Furniture Sector. Failure Factors of Firms Integrating “APL’s Project”. Motivations for Disassociate from “APL’s Project”.
Referencias
ALBAGLI, S.; BRITO, J. Glossário de arranjos produtivos locais. Brasília: Edição SEBRAE, 2003.
ANDRADE, E. O.; MARTINS, M. F.; VASCONCELOS, A. C. F; CALDAS, P. T.; CÂNDIDO, G. A. C. Comportamento organizacional de arranjos produtivos locais: um estudo aplicativo no setor de confecções. Revista Eletrônica Sistema e Gestão, v.5, n. 3, p. 136-148, 2010.
ANTERO, C. A. S.; TAVARES, B.; ANTONIALLI, L. M.; LIMA, A. A.; TEIXEIRA, F. C.; GAVA, R. Coordination of joint actions in Muriaé's (MG) clothing LPA. RAM. Revista de Administração Mackenzie, v. 17, n. 3, p. 158-182, 2016.
APEX BRASIL. Design Tipo Exportação. 2013. Disponível em: Acesso em: 21 nov. 2013.
BALESTRIN, A.; VARGAS, L. M. A dimensão estratégica das redes horizontais de PMEs: teorizações e evidências. RAC - Revista de Administração Contemporânea, v.8, Edição Especial, p. 203-227, 2004.
BARBOSA, R. N. C. Arranjo produtivo local, política do espaço e flexibilização do trabalho. Serviço Social & Sociedade, n.º 125, p.167-188, 2016.
BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Qualitative research for education: an introduction to theory and methods. Boston: Allynand Bacon, 1992.
BRASIL Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) Notícias. Disponível em: http://www.mdic.gov.br/index.php/busca?searchword=conferencia%20brasileira%20de%20APL&searchphrase=all. Acesso em 10 fev 2018.
BRITTO, J. Cooperação interindustrial e redes de empresas. In: KUPFER, D. HASENCLECER, L. (org.). Economia industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2004. p. 211-230.
CABRERA, L. C.; SCHULTZ, G,; TALAMINI, E. Limites e oportunidades para a construção de um arranjo produtivo local (APL): a experiência do projeto Balde Cheio em Mato Grosso do Sul Interações (Campo Grande), v. 18, n. 4, p.19-30, 2017. DOI: 10.20435/inter. v.18 n.4, 1484.
CANEIRA, E. FIESP APL Mirassol. Ação Regional. 2004. Disponível em: < http://www.fiesp.com.br/competitividade-regional/cases-apls-fiesp/apl-mirassol-moveis/> Acesso em: 23 nov. 2013.
CASSIOLATO J. E.; LASTRES H. M. M. Arranjos e sistemas produtivos locais na indústria brasileira. Revista de Economia Contemporânea, v. 5, n. 2, p. 103-136, 2001.
CROSS, R.; PARKER, A.; BORGATTI, S. P. A bird’s-eye view: using social network analysis to improve knowledge creation and sharing. Knowledge Directions, v.2, n.1, p.48-61, 2000. Disponível em: http://www.analytictech.com/borgatti/publications.htm Acesso em 13 dez. 2013.
DAMANPOUR, F. The adoption of technological, administrative, and ancillary innovations: impact of organizational factors. Journal of Management, v. 13, n. 4, p. 675- 688, 1987.
DIMAGGIO, J.; POWELL, W. The iron cage revisited: institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields. American Sociological Review, v. 48, n. 2, p. 147-160, 1983.
FIGUEIREDO, S. P. Gestão do conhecimento: estratégias competitivas para a criação e mobilização do conhecimento na empresa. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.
FLORIAN, F.; LORENZO, H. C. Território e ambiente institucional: o arranjo produtivo local (APL) “Bordados de Ibitinga-SP”. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional. 2008. Disponível em: . Acesso em: 02 set. 2014.
GALASKIEWICZ, J. Professional networks and the institutionalization of a single mind set. American Sociological Review, v. 50, n. 5, p. 639-658, 1985.
GARCIA, R. C. Aglomerações setoriais ou distritos industriais: um estudo das indústrias têxtil e de calçados no Brasil. Dissertação (Mestrado). Instituto de Economia. Universidade Estadual de Campinas, 1996.
GARCIA, R. C. Economias externas e vantagens competitivas dos produtores em sistemas locais de produção: as visões de Marshall, Krugman e Porter. Ensaios FEE, v. 27, n. 2, p. 301-324, 2006.
GRANOVETTER, M. Economic action and social structure: the problem of embeddedness, American Journal of Sociology, v. 91, n. 3, p. 481-51, 1985.
GUEDES, M. do S. B.; MOREIRA, M. V. C. Marca e certificação para competitividade e sustentabilidade dos arranjos produtivos locais. 2008. Disponível em: http://www.ecoeco.org.br/conteudo/publicacoes/encontros/ vii_en/mesa2/trabalhos/marca_e_certificacao_para_competitividade_e_sustentabilidade.pdf. Acesso em: 08 dez.2009.
HUMPHREY, J.; SCHMITZ, H. Principles for promoting clusters & networks of SMEs. Paper commissioned by the Small and Medium Enterprises Branch. Number 1. Institute of Development Studies, University of Sussex, U. K. October 1995.
IACONO, A.; NAGANO, M. S. Interação e cooperação em arranjos produtivos locais: identificação e análise dos fatores inibidores. In: Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais, 12, 2009, São Paulo. Anais ..., 2009.
JACOMETTI, M.; CASTRO, M.; GONÇALVES, S. A.; COSTA, M. C. Análise de efetividade das políticas públicas de arranjo produtivo local para o desenvolvimento local a partir da teoria institucional. Revista de Administração Pública, v, 50, n. 3, p. 425 – 454, 2016.
KRAG, M. N.; SANTANA, A. C. ; SALOMÃO, R. P. ; MARTINS, C. M. ; GOMES, S. C. A governança do arranjo produtivo local da Castanha-do-Brasil na Região da Calha Norte, Pará. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 55, n. p. 589, 2017. DOI: 10.1590/1234-56781806-94790550310.
LEITE, R, S.; LOPES, H. E. G. SILVA, S. A. G. A estratégia em relacionamentos coopetitivos: um estudo no arranjo produtivo de Nova Serrana. RBGN – Revista Brasileira de Gestão de Negócios. 2009. Disponível em: < rbgn.fecap.br/RBGN/article/download/439/45> Acesso em: 12 jul. 2013.
LUSTOSA, M. C. J. ; ROSÁRIO, F. J. P. Desenvolvimento local e inovação em atividades tradicionais: o arranjo produtivo local de turismo Lagoas e Mares do Sul, Alagoas, Brasil. Interações (Campo Grande), v. 17, n. 1, p, 99 – 109, 2016.
MASCENA, K. M. C.; FIGUEIREDO, F. C.; BOAVENTURA, J. M. G. Clusters e APL's: análise bibliométrica das publicações nacionais no período de 2000 a 2011. Revista de Administração de Empresas, Out 2013, Vol.53, N 5, p. 454-468.
MARINI Jr, M.; SILVA, C. L. A mensuração do potencial interno de desenvolvimento de um arranjo produtivo local: uma proposta de aplicação prática. URBE. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 6, n. 2, p. .236–248, 2014.
MARSHALL, A. Princípios de economia. São Paulo, Abril Cultural (coleção "Os economistas") 2 vols., 1982.
MEYER-STAMER, J. Clustering and the creation of an innovation-oriented environment for industrial competitiveness: beware of overly optimistic expectations. International Small Enterprise Journal, v. 20, n. 3, 2002.
MOCH, M.; MORSE, E. S. centralization and organization adoption of innovations. American Sociological Review, v. 42, n. 5, p. 716-725, 1977.
NORONHA, E. G.; TURCHI, L. Política industrial e ambiente institucional na análise de arranjos produtivos locais. Texto para discussão 1076. Brasilia: Ipea, 2005. Disponível em: < http://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_1076.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2013.
OHMAE, K. The global logic of strategic alliances: global strategies insights from the world’s leading thinkers. Bostons (MA): Harvard Business Review Book, 1994.
OLIVEIRA, M. F.; MARTINELLI, D. P. Desenvolvimento, local e arranjos produtivos locais: uma revisão sistemática da literatura. Interações (Campo Grande) [online], v. 14, n. 1, p. 47-58, 2014.
PATIAS, T. Z.; MARCHI, J. J.; ALVES, L. C.; WITTMANN, M. L. Gestão & Produção, v. 124, n. 3, p. 622-635, 2017.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO PRELIMINAR. APL de Mirassol e Região. 2007. Disponível em: Acesso em: 21 nov. 2013.
PORTER, M. E. Competição-on competition: estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
QUEIROZ, T. R. Estruturas de governança em arranjos produtivos locais. Interações (Campo Grande), v.14, n.1, p. 71-78, 2013.
ROSENFELD, S. A. Bringing business clusters into the maistream of economic development. European Planning Studies, v.5, n. 1, p. 3-23, 1997.
SANTOS, J. P.; OLIVEIRA NETO, G. C. Arranjo produtivo local (APL): uma visão moderna do associativismo a difícil tarefa de unir o setor. In: CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO, 7. Rio de Janeiro, 12-13 ago, 2011. Anais…p. 1-21, 2011.
SCHMITZ, H. Collective efficiency and increasing returns. Cambridge Journal of Economics. v. 23, n. 4, p. 465-483, 1999.
SciELO Pesquisa. Disponível em: https://search.scielo.org/?q=〈=pt&count=15&from=0&output=site&sort=&format=summary&fb=&page=1&q=arranjo+produtivo+local&lang. Acesso em 10 fev.2018.
SILVA, F.F.; FEITOSA, M. G. G.; AGUIAR, V. S. M. Uma reflexão sobre as relações de parceria nos APLS de confecções do agreste pernambucano como elemento disseminador da inovação em redes interorganizacionais. RAM, Rev. Adm. Mackenzie, v. 13, n. 4, p. 206-235, 2012.
SOUZA, M. C. A. F.; GOYAREB, D. S.; MIGLINO, M. A. P.; CARVALHO, F. P. Perspectivas para uma atuação competitiva das pequenas empresas no contexto atual. In: LASTRES, H. M. M.; CASSIOLATO, J. E.; MACIEL, M. L. Pequena Empresa. Cooperação e Desenvolvimento Local. Rio de Janeiro. Relume Dumará. UFRJ/ Instituto de Economia, p.225-242. 2003.
SUZIGAN, W. (coord) Identificação, mapeamento e caracterização estrutural de arranjos produtivos locais no Brasil. Relatório Consolidado, IPEA-DISET, out. 2006.
SUZIGAN, W.; GARCIA, R.; FURTADO, J. Estruturas de governança em arranjos ou sistemas locais de produção. Gest. Prod. v.14 n.2, p. 425-439, 2007.
TEIXEIRA, K. H.; AMARAL FILHO, J.; MAYORGA, R. D.; MAYORGA, M. I. O. Território, cooperação e inovação: um estudo sobre o Arranjo Produtivo Pingo Dágua. Rev. Econ. Sociol. Rural , v.44, n.3, p. 573-594, 2006.
TEIXEIRA, M. C.; TEIXEIRA, R. M. Relacionamento, cooperação e governança em arranjos produtivos locais: o caso do APL de madeira e móveis do estado de Rondônia. REAd. Rev. eletrôn. adm. (Porto Alegre), v. 17, n.1, p.237-269, 2011.
THOMAZ, J.C; BRITO, E. P. Z.; MARCONDES, R. C.; MARTINS, F. C. Benefícios da aglomeração de firmas: evidências do arranjo produtivo de semijoias de Limeira. Revista de Administração. São Paulo, v.46, n.2, p.191-206, 2011.
VIDIGAL, V. G.; CAMPOS, A. C. de. Evolução dos arranjos produtivos locais (APL) de calçados no Brasil: una análise a partir dos dados da RAIS. Análise – A Revista Acadêmica da FACE, v. 22, n. 1, p. 56-71, 2011.
VIEIRA, J. C. Desafios e perspectivas dos APLs de segunda geração. Mercator (Fortaleza), v. 16, e16005, p. 1-14, 2017.
VIEIRA, A. M.; GALDAMEZ, E.V.C.; SOUZA, F. B.; OLIVEIRA, O. J. Diretrizes para desenvolvimento coletivo de melhoria contínua em arranjos produtivos locais. Gestão & Produção, v.20, n. 2, p. 469-480, 2013.
VILELLA, L. E; PINTO, M. C. S. Governança e gestão social em redes empresariais: análise de três arranjos produtivos locais (APLs) de confecção no estado do Rio de Janeiro. Revista de Administração Pública, RAP, v. 43, n. 5, p. 1067-1089, 2009.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.
YOSHINO, M. I; RANGAN, U. S. Strategic alliances: an entrepreneurial approach to globalization. Boston, MA: Harvard Business School Press, 1995.
DOI: http://dx.doi.org/10.12819/2019.16.1.8
Enlaces refback
- No hay ningún enlace refback.
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 4.0 Internacional.
Atribuição (BY): Os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, conquanto que deem créditos devidos ao autor ou licenciador, na maneira especificada por estes.
Não Comercial (NC): Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, desde que sejam para fins não-comerciais
Sem Derivações (ND): Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar apenas cópias exatas da obra, não podendo criar derivações da mesma.
ISSN 1806-6356 (Impresso) e 2317-2983 (Eletrônico)