Incidência de Lesões Musculoesqueléticas em Praticantes de Corrida de Rua de Teresina, PI / Incidence of Musculoskeletic Injuries Street Race Practices in Teresina, PI
Resumo
Introdução: A corrida de rua é uma modalidade esportiva, cuja prática tem se expandido cada vez mais entre as pessoas. Essa modalidade está crescendo bastante por vários fatores positivos, como fornecer vários benefícios à saúde, a facilidade de acesso e o custo – benefício, atraindo praticantes de todas as classes sociais para a atividade esportiva. Porém, existe o lado negativo da prática, devido ao alto índice de lesões associadas à corrida de rua, podendo ser ocasionadas tanto por fatores extrínsecos, como por fatores intrínsecos. Objetivos: Conhecer o perfil e as características de treino dos praticantes, como também identificar a incidência e as causas de lesões musculoesqueléticas com a atividade da corrida de rua. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com análise quantitativa dos dados coletados, cujos praticantes de corrida de rua foram submetidos a um questionário, assinando o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UNIP, com o número do parecer: 2.109.600. A pesquisa foi composta por 50 corredores de rua, de ambos os sexos, maiores de 18 anos. Resultados: 40% dos indivíduos estão na faixa etária entre 18 e 30 anos. O IMC de 52% dos indivíduos apresenta normalidade. Com relação ao tempo de corrida, 72% dos indivíduos costumam praticar de 30 a 60 minutos. Em questão da distância percorrida, nota-se que 76% dos indivíduos percorrem de 0 a 20 quilômetros. Observando que 22% das lesões é na perna, seguida de 18% em lesões no joelho. Conclusão: Dos praticantes de corrida de rua na cidade de Teresina – PI, 48% dos entrevistados relataram ter sofrido algum tipo de lesão musculoesquelética, sendo que o local mais acometido foi a região da perna, seguida do joelho. Desta forma, ressalta-se a importância de mais estudos que relacionem prevenção, treinamento e lesão.
Palavras – chave: Corrida. Atletismo. Ferimentos e Lesões. Exercícios em Circuitos.
ABSTRACT
Introduction: The street racing is a sport whose practice has expanded increasingly among people. This kind of sport is growing quite by several positive factors, such as provide multiple benefits to health, the ease of access to practice this sport and the cost, attracting pracitioners of all social classes to sport practice. However, there is the negative side of the practice, due to the high index of lesions associated with the street racing, be caused by extrinsic factors as well as intrinsic factors. Objective: Knowing the profile and the characteristics of the training of practitioners, as well as to identify the incidence and causes of musculoskeletal injuries related the practice of the street racing. Methodology: This was a cross-sectional, descriptive study with a quantitative analysis of the data collected, where practitioners of race street were submitted to a questionnaire, by signing the TCLE. The study was submitted to and approved by the Ethics and Research Committee of UNIP, with the number of opinion: 2.109.600. The research was composed by 50 street racers, of both sexes, over 18 years old. Result: 40% of individuals are between 18 and 30 years. The IMC of 52% of individuals present normality. Concerning the running time, 72% of individuals usually practice for 30 to 60 minutes. In terms of distance travelled, it is noted that 76% of individuals travel from 0 to 20 km. Observing that 22% of injuries are in the leg, followed by 18% injuries in the knee. Conclusion: Practitioners of street racing in the city of Teresina – PI, 48% of respondents reported having suffered some kind of musculoskeletal injury, being the part of the body most affected is the leg, followed by the knee. In this way, it is emphasized the importance of further studies that relate to prevention, training and injury.
Key words: Running. Athletics. Wounds and Injuries. Circuits Exercises.
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DOI: http://dx.doi.org/10.12819/rsf.2017.4.2.2
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Revista Saúde em Foco N° 1/2014