Fisioterapia Motora em Pacientes Adultos Internados na Unidade de Terapia Intensiva: Revisão Sistemática / Motor Physiotherapy in Adult Patients Admitted to the Intensive Care Unit: A Systematic Review
Resumo
Introdução: A imobilidade pode contribuir para prolongar o tempo de internação hospitalar e o surgimento de fraqueza na musculatura respiratória e periférica. Desta forma, entendendo a fisioterapia como ciência que abriga em seu propósito terapêutico técnicas e intervenções capazes de promover a recuperação e preservação da funcionalidade, o profissional fisioterapeuta também participa do processo contínuo de evolução e cuidado dos pacientes internados nas Unidades de Terapia intensiva (UTI). Objetivos: Analisar os desfechos da fisioterapia motora em pacientes críticos internados em unidade de terapia intensiva através de uma revisão sistemática. Métodos: Foi realizada uma pesquisa nas seguintes bases de dados: SCIELO, biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PUBMED e PEDro, onde os dois pesquisadores independentes buscaram por artigos randomizados, controlados, com grupo controle e intervenção publicados entre janeiro de 2012 e abril de 2017. Resultados: Foram selecionados 66 artigos relevantes para a pesquisa, após exclusão de artigos duplicados, ou que não atingissem os critérios de qualidade e inclusão, sabendo que 9 artigos foram utilizados para a confecção da revisão sistemática. Todos os artigos obtiveram nota igual ou maior que 4 na escala PEDro. Dos 9 estudos incluídos na pesquisa: 3 artigos trataram sobre estimulação elétrica como intervenção, 1 utilizou a prancha ortostática, 1 cicloergômetro e 4 utilizaram cinesioterapia motora comum em unidades de terapia intensiva. Conclusão: Este estudo demonstrou que a fisioterapia pode ser realizada em pacientes críticos de forma segura e eficaz. A mobilização precoce na UTI é um meio eficaz de Fisioterapia, uma vez que diminui tempo de Ventilação, Tempo de Internação e custos hospitalares.
Palavras-chave: Unidades de Terapia Intensiva. Cuidados Intensivos. Deambulação Precoce. Fisioterapia.
ABSTRACT
Introduction: Immobility may contribute to prolong hospital stay and weakness in the respiratory and peripheral musculature. In this way, understanding the physiotherapy as a science that shelters in its therapeutic purpose techniques and interventions capable of to promote the recovery and preservation of functionality, the professional physiotherapist also participates in the continuous process of evolution and care of the patients hospitalized in the Intensive therapy (ICU). Objectives: To analyze the outcomes of motor physical therapy in patients critically admitted to the intensive care unit through a systematic review. Methods: A research was carried out in the following databases: SCIELO, Virtual Health Library (BVS), PUBMED and PEDro where the two independent researchers searched for articles randomized, controlled, with control and intervention groups published between January 2012 and April 2017 using the following descriptors: Physiotherapy modalities, Therapy Unit Intensive and Physical Therapy. Results: We selected 66 articles relevant to the after deletion of duplicate articles or those that did not meet the quality and inclusion, 9 articles were used to make the systematic review. All Articles obtained a grade equal to or greater than 4 on the PEDro scale. Of the 9 studies included in the research: 3 articles on electrical stimulation as an intervention, 1 used the orthostatic board, 1 cycloergometer and 4 used common motor kinesiotherapy in intensive care units. Conclusion: This study demonstrated that Physiotherapy can be performed in critical patients safely and effectively. The mobilization in the ICU is an effective means of Physiotherapy and it reduces the time of Ventilation, Hospitalization and hospital costs.
Descriptors: Physiotherapy Modalities. Intensive Care. Unit and Physiotherapy.
Palavras-chave
Referências
BURTIN, C. et al. Early exercise in critically ill patients enhances short-term functional recovery. Critical care medicine, v. 37, n. 9, p. 2499-2505, 2009.
COUTINHO, W. M. et al. Efeito agudo da utilização do cicloergômetro durante atendimento fisioterapêutico em pacientes críticos ventilados mecanicamente. Fisioterapia e Pesquisa, v. 23, n. 3, p. 278-283, 2016.
DALL'ACQUA, A. M. et al. Use of neuromuscular electrical stimulation to preserve the thickness of abdominal and chest muscles of critically ill patients: a randomized clinical trial. Journal of rehabilitation medicine, v. 49, n. 1, p. 40-48, 2017.
DONG, Z. et al. Early rehabilitation therapy is beneficial for patients with prolonged mechanical ventilation after coronary artery bypass surgery. International heart journal, v. 57, n. 2, p. 241-246, 2016.
DONG, Ze-h. et al. Effects of early rehabilitation therapy on patients with mechanical ventilation. World journal of emergency medicine, v. 5, n. 1, p. 48, 2014.
FELICIANO, V. et al. A influência da mobilização precoce no tempo de internamento na Unidade de Terapia Intensiva. Assobrafir Ciência, v. 3, n. 2, p. 31-42, 2012.
FISCHER, A. et al. Muscle mass, strength and functional outcomes in critically ill patients after cardiothoracic surgery: does neuromuscular electrical stimulation help? The Catastim 2 randomized controlled trial. Critical Care, v. 20, n. 1, p. 30, 2016.
GEROVASILI, V. et al. Electrical muscle stimulation preserves the muscle mass of critically ill patients: a randomized study. Critical Care, v. 13, n. 5, p. R161, 2009.
GRUTHER, W. et al. Muscle wasting in intensive care patients: ultrasound observation of the M. quadriceps femoris muscle layer. Journal of Rehabilitation Medicine, v. 40, n. 3, p. 185-189, 2008.
JOSÉ, A. et al. Effects of physiotherapy in the weaning from mechanical ventilation. Fisioterapia em Movimento, v. 26, n. 2, p. 271-279, 2013.
KHO, M. E. et al. Neuromuscular electrical stimulation in mechanically ventilated patients: a randomized, sham-controlled pilot trial with blinded outcome assessment. Journal of critical care, v. 30, n. 1, p. 32-39, 2015.
MARTINEZ, B. P. et al. Declínio funcional em uma unidade de terapia intensiva (UTI). Movimento, v. 5, n. 1, 2013.
MORRIS, P. E. et al. Standardized rehabilitation and hospital length of stay among patients with acute respiratory failure: a randomized clinical trial. Jama, v. 315, n. 24, p. 2694-2702, 2016.
PIRES-NETO, R. C. et al. Very early passive cycling exercise in mechanically ventilated critically ill patients: physiological and safety aspects-a case series. PLoS One, v. 8, n. 9, p. e74182, 2013.
RAMSAY, P. et al. A rehabilitation intervention to promote physical recovery following intensive care: a detailed description of construct development, rationale and content together with proposed taxonomy to capture processes in a randomised controlled trial. Trials, v. 15, n. 1, p. 38, 2014.
RIBERHOLT, C. G. et al. Patients with severe acquired brain injury show increased arousal in tilt-table training. Dan Med J, v. 60, n. 12, p. A4739, 2013.
VAN PEPPEN, R. P. S et al. The impact of physical therapy on functional outcomes after stroke: what's the evidence?. Clinical rehabilitation, v. 18, n. 8, p. 833-862, 2004.
DOI: http://dx.doi.org/10.12819/rsf.2017.4.2.4
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Revista Saúde em Foco N° 1/2014