Efeitos da Regulação da ANS Sobre Custos Assimétricos em Cooperativas Médicas / Effects of ANS Regulation on Asymmetric Costs in Medical Cooperatives

Ewerton Alex Avelar, Ricardo Vinícius Dias Jordão, Terence Machado Boina, Wesley Cirino dos Santos, Cássia de Oliveira Ferreira

Resumo


Este artigo apresenta os resultados de um estudo que visou analisar os efeitos da influência da regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em relação aos custos assimétricos nas cooperativas médicas (Unimeds) entre os anos de 2010 e 2016. A pesquisa empregou dados secundários (financeiros e operacionais) e pode ser classificada como descritiva, causal e quantitativa. Para a análise dos dados, foram utilizadas as técnicas de estatística descritiva e análise de regressão com dados em painel. Salienta-se que foram usadas três diferentes proxies para custos nos modelos, de acordo com Richartz (2016): custos dos serviços prestados (CSP), despesas gerais, com vendas e administrativas (DGVA) e custo total (CT). Constatou-se que os custos das Unimeds apresentaram um comportamento assimétrico, independentemente da proxy empregada e das diferentes variáveis explicativas utilizadas nos modelos. Verificou-se que as variáveis contábeis independentes tiveram efeitos significantes sobre a assimetria dos custos dessas operadoras no modelo que considerou os CSP como variável dependente. Os coeficientes das variáveis relacionadas à regulação – proporção de planos coletivos (COL), proporção de planos antigos (ANT) e razão de dependência (DEP) – foram significantes e apresentaram os sinais esperados em, pelo menos, um dos modelos estimados. Dessa forma, averiguou-se a influência da regulação da ANS sobre a assimetria dos custos das Unimeds. Porém, é importante ressaltar que, ao se usar as variáveis dependentes DVGA e CT, os coeficientes estimados da variável independente ANT divergiram do esperado. Assim, as hipóteses propostas puderam ser parcialmente confirmadas.

 

Palavras-chave: Cooperativas Médicas (Unimeds). Custos Assimétricos. Regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

 

 

ABSTRACT

 

This paper presents the results of a study aimed at analyzing the sticky cost phenomenon in medical cooperative (Unimeds) under the National Supplementary Health Agency (NSHA) regulation. The study was a quantitative and explanatory one. The employed sample consisted of Unimeds whose 2010-2016 data (operational and financial ones) are publicly available on the ANS website. Data analysis followed two techniques: descriptive statistics and data panel regression. In according to Richartz (2016), we used three different proxies of cost in estimating models: cost of provided service (CPS), selling, general and administrative costs (SG&A) and total cost (TC). We identified a sticky behavior of Unimeds’ costs considering all cited proxies. It was observed that financial independent variables (e.g. available, fixed assets, liabilities and total assets) had significant effects on cost stickiness in model, which employed TC as a proxy of cost. The regulation variables’ coefficients – proportion of collective plans (COL), proportion of older plans (OLD) and dependency ratio (DEP) – were significant and presented the predicted signal. This significance was observed, at least, in one of the estimated models. Therefore, one can say that the NSHA regulation influences the cost sticky in Unimeds. However, when we used the dependent variables SG&A and TC, the signal of the coefficients of OLD diverged from the expected one. Thus, the purposed hypotheses were partly confirmed.

 

Keywords: Medical cooperatives (Unimeds). Sticky costs. National Supplementary Health Agency (ANS) regulation.


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DOI: http://dx.doi.org/10.12819/2020.17.3.5

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