Vivência de Estressores Psicossociais no Trabalho Docente em Escolas Públicas / Experience of Psychosocial Stressors in Teaching Work in Public Schools

Virgínia Donizete Carvalho, Letícia dos Santos Rosa

Resumo


O presente trabalho teve como objetivo analisar os estressores psicossociais presentes no trabalho dos docentes da educação básica da rede estadual no Sul de Minas Gerais, avaliando as diferenças de percepção dos estressores de acordo com o gênero e o nível de renda. A população se constituiu de 790 docentes atuantes em 20 escolas da rede estadual sul mineira e a amostra, não probabilística por conveniência, envolveu um total de 452 docentes. Estes responderam a um formulário sociodemográfico e laboral e à Escala para Avaliação de Estressores Psicossociais no Contexto Laboral (EAEPCL). As informações foram tratadas por meio da utilização de técnicas estatísticas descritivas e inferenciais, como o cálculo de frequências, médias, desvio padrão, testes t e análises de correlação. Os resultados obtidos indicaram que não houve diferença de percepção sobre os estressores entre professores do sexo feminino e masculino e os estressores mais destacados na percepção dos participantes, como um todo, foram a sobrecarga de papéis, o conflito trabalho-família, a pressão do grau de responsabilidade e a insegurança na carreira. Além disso, dentre esses, o único estressor cuja percepção se mostrou associada ao nível de renda foi aquele que tratou da insegurança na carreira.

 

Palavras-chave: Estressores Psicossociais. Docentes. Educação Básica. Escolas Públicas.

 

 

ABSTRACT

 

The aim of the study was to analyze the psychosocial stressors in the work of basic education teachers from the state education system, working in the southern region of Minas Gerais, evaluating the differences in the perception of stressors according to gender and income level. The population consisted of 790 teachers working in 20 schools in the southern state of Minas Gerais and the non-probabilistic convenience sample involved a total of 452 teachers. They answered a sociodemographic and work form and the Scale for Assessment of Psychosocial Stressors in the Work Context (EAEPCL). The information was treated using descriptive and inferential statistical techniques, such as calculating frequencies, means, standard deviations, t tests and correlation analysis. The results obtained indicated that there was no difference in the perception of stressors between female and male teachers and the most prominent stressors in the participants' perception, as a whole, were role overload, work-family conflict, responsibility and career development. Furthermore, among these, the only stressor whose perception was associated with the level of income was the one that dealt with career development.

 

Keywords: Psychosocial Stressors. Teachers. Basic Education. Public Schools.

 


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DOI: http://dx.doi.org/10.12819/2021.18.12.6

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